Descarte incorreto: 70% das pessoas não separam o lixo impactando economia e meio ambiente 📸 © Rodrigo Nagafuti/Secom-Poá

Depois que tomamos pé da dimensão do quanto o descarte inadequado do lixo impacta a economia e o meio ambiente, é possível pensar em formas de amenizar o problema. Inicialmente, entender o papel de cada cidadão e cada família neste processo. O diretor executivo da ONG Menos 1 Lixo, Wagner Andrade, defende que o descarte correto é uma das saídas.

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“Esse material, esse plástico, essa embalagem, esse papel, quando ele não tá contaminado com resíduos orgânicos, vai ter lá na ponta um valor comercial maior. Por consequência, vai beneficiar economicamente aquela cooperativa, vai gerar mais renda para o bolso do cooperado, do catador. Então, o papel do consumidor é chave, também, em direcionar esse resíduo pós-consumo da forma correta. A simples separação entre resíduos úmidos dos secos já é suficiente para  contribuir de forma muito significativa para a cadeia da reciclagem”.

E essa linha vem sendo pouco adotada pelas famílias, brasileiras, mesmo em cidades com a política de reciclagem. Por outro lado, muita gente separa, mas as cidades não têm a política. Um levantamento da Abrelpe, Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, mostra que, mais de 70% das cidades brasileiras já possuem coleta seletiva. No entanto, somente 30% das pessoas separam o lixo seco do orgânico, em casa.

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O diretor presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho, destaca que, antes disso, é preciso conscientização para diminuir a produção de resíduos e incentivo do consumo consciente.

Na questão de redução, de minimizar a geração de resíduos pela população seria muito importante ações de educação ambiental, ações de sensibilização para orientar a um consumo consciente. Então, nós precisamos integrar esses conceitos em políticas públicas eficientes que possam fazer essa diferença e encaminhar essa mudança”.

Enquanto o lixo seco segue para as cooperativas de reciclagem, o orgânico acaba indo para os aterros, o que também poderia ser evitado, com as práticas de compostagem. No Brasil, a Embrapa estima que somente 1% dos resíduos orgânicos produzidos vão para compostagem.

Ao adotar a prática, é possível reaproveitar os restos de comida, por exemplo, para a produção de adubos orgânicos. E isso pode ser feito em casa, com as chamadas composteiras, ou destinado a espaços específicos, de prefeituras ou cooperativas. As informações são da Agência Brasil.

📸 © Rodrigo Nagafuti/Secom-Poá

Rádio Centro Cajazeiras

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