Brasileirão 2023 começa dia 15 de abril com punições para racismo e novidades nesta edição 📸 © Divulgação

A Diretoria de Competições divulgou a tabela básica da Série A do Campeonato Brasileiro 2023. O documento foi apresentado aos 20 clubes participantes em reunião do Conselho Técnico da competição, realizada na sede da CBF.

A primeira rodada do Brasileirão 2023 será aberta no dia 15 de abril e terá dez partidas. Além dos representantes dos clubes, a reunião contou com a participação do Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, de nove Presidentes de federações envolvidas no campeonato e diretores da entidade. 

Uma das novidades do Campeonato Brasileiro será as paralisações em todos os períodos de Data FIFA, uma reivindicação antiga dos clubes, que foi atendida pelo Presidente Ednaldo Rodrigues no seu primeiro ano de gestão. 

– Além dos jogos não serem realizados durante as partidas da Seleção Brasileira, os times que tiverem jogadores convocados terão um intervalo mínimo de 48 horas entre o fim do período e suas partidas.- Essa é uma antiga demanda dos clubes, que a CBF finalmente vai atender. O futebol brasileiro tem de fazer o que é melhor, tanto para seus clubes quanto para a Seleção Brasileira. A intenção é valorizar nossas competições e o nosso futebol como um todo – afirmou o Presidente da CBF.

Confira abaixo os duelos da 1ª rodada do Brasileirão 2023:

Flamengo RJ x Coritiba PR
Botafogo RJ x São Paulo SP
Palmeiras SP x Cuiabá MT
Corinthians SP x Cruzeiro MG
RB Bragantino SP x Bahia BA
Atlético MG x Vasco da Gama RJ
Grêmio RS x Santos SP
Athletico PR x Goiás GO
Fortaleza CE x Internacional RS
América MG x Fluminense RJ

Racismo será punido

Conselho Técnico da Série A do Brasileirão 2023 📸 © Rafael Ribeiro/CBF

A CBF vai punir com rigor as ofensas racistas no futebol. A entidade brasileira é a primeira do mundo que adotou no Regulamento Geral de Competições a possibilidade de punir esportivamente um clube em caso de racismo. A novidade foi incluída no RGC de 2023, publicado nesta terça-feira, e entrará em vigor já na Copa do Brasil. A competição começará no dia 22 de fevereiro.

– A luta contra o racismo tem pressa. Medidas vêm sendo discutidas há séculos e nunca colocadas em prática. A CBF está fazendo a sua parte. Decidimos avançar ainda mais nas punições e podemos tirar até pontos de um clube em uma das nossas competições –  disse o Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, eleito em março.

Ex-presidente de Federação Bahiana de Futebol, Rodrigues é o primeiro negro a comandar a CBF em mais de 100 anos da história da entidade. No texto publicado nesta terça, “considera-se de extrema gravidade a infração de cunho discriminatório praticada por dirigentes, representantes e profissionais dos Clubes, atletas, técnicos, membros de Comissão Técnica, torcedores e equipes de arbitragem em competições coordenadas pela CBF”. De acordo com o artigo 134 do RGC, a punição será imposta administrativamente pela entidade, encaminhado-se o caso ao STJD, que julgará sobre a aplicação da perda de pontos ao clube infrator.

A luta contra a discriminação no futebol é uma das prioridades de Rodrigues. 

– A discriminação racial é crime e nosso trabalho é jogar luz sobre o tema. A gente espera que realmente possa ter o apoio também de todos os clubes, de todos os torcedores, de todos os segmento da sociedade, de todos da imprensa, para que isso não fique apenas de uma forma decorativa – disse Ednaldo Rodrigues.

Desde o ano passado, a CBF faz uma série de campanhas de combate ao racismo no futebol. Em agosto, a entidade realizou o primeiro Seminário de Combate ao Racismo no Futebol e conta com um Grupo de Trabalho que discute de forma permanente o assunto.

– Além das sanções esportivas, todo e qualquer ato de racismo ou qualquer discriminação, a súmula da partida também será encaminhada para o Ministério Público e à Polícia Civil para que o processo não morra apenas na esferas esportiva. E que os infratores também sejam punidos pela lei – completou o presidente da CBF. 

No dia 11 de janeiro, o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a lei que equipara o crime de injúria racial ao racismo, que é inafiançável e imprescritível. O texto prevê também um aumento da pena para os delitos praticados em eventos esportivos e culturais no país.

📸 © Lucas Figueiredo/CBF

Rádio Centro Cajazeiras

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