A vacina contra a covid-19 desenvolvida a partir da parceria entre a Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca deve desembarcar em breve no Brasil. No final de semana, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciou a aprovação da importação de 2 milhões de doses do imunizante em caráter de urgência. A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) – que irá produzir a vacina no país – deve pedir o uso emergencial da dose até quarta-feira.

Ontem, a Fiocruz informou ainda que vai comprar 1 milhão de doses do imunizante fabricadas no Instituto Serum, da Índia, para garantir a vacinação no Brasil. Além disso, afirmou que o pedido de registro definitivo será feito até o dia 15.

A vacina é a grande aposta do governo federal para iniciar a imunização da população brasileira ainda em janeiro. O Ministério da Saúde tem acordo com os fabricantes para receber ao menos 100 milhões de doses este ano. Também haverá transferência de tecnologia para produção do imunizante pela Fiocruz no Brasil.

A estratégia da fundação é utilizar as 2 milhões de doses importadas para iniciar a vacinação assim que a Anvisa autorizar o uso emergencial. Apesar de não ter confirmado ainda uma data, o governo federal pretende começar a imunização “entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro”, de acordo com o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco.

Em outros países

A vacina de Oxford/AstraZeneca já foi aprovada para uso emergencial em ao menos três países: Reino Unido, Argentina e Índia. Os dados consolidados destas permissões deverão servir como base para o pedido no Brasil.

“O registro da vacina no Reino Unido, no dia 30 de dezembro, além de países como Argentina e Índia, abriu caminho para a aprovação do pedido de importação excepcional de dois milhões de doses prontas feitos pela Fiocruz à Anvisa, e para o pedido de autorização para seu uso emergencial, que será formalizado, também à Anvisa, nesta semana”, informou a Fiocruz ontem, em nota.

A eficácia do imunizante na fase três de testes ficou entre 70% e 90%. A variação tem relação com a quantidade utilizada em uma das doses aplicadas.

Além do imunizante de Oxford, ao menos outros três estão sendo analisados pela Anvisa (veja mais detalhes acima). A CoronaVac, produzida em parceira entre a farmacêutica Sinovac e o Instituto Butantan, ainda não teve os resultados da terceira fase de testes divulgados. As informações estavam previstas para serem liberadas em 23 de dezembro, mas houve atraso.

O ANDAR DA CARRUAGEM

VEJA COMO ESTÁ A SITUAÇÃO NA ANVISA DE CADA VACINA QUE PODERÁ SER UTILIZADA NA POPULAÇÃO BRASILEIRA

Oxford/AstraZeneca

• Resultados da fase 1: OK
• Resultados da fase 2: OK
• Resultados da fase 3: OK
• Avaliação de qualidade tecnológica: OK
• Certificação das fábricas: OK
• Pedido de uso emergencial: NÃO FEITO
• Pedido de registro: NÃO FEITO

Pfizer/BioNTech

• Resultados da fase 1: OK
• Resultados da fase 2: OK
• Resultados da fase 3: EM ANÁLISE
• Avaliação de qualidade tecnológica: OK
• Certificação das fábricas: EM ANÁLISE
• Pedido de uso emergencial: NÃO FEITO
• Pedido de registro: NÃO FEITO

CoronaVac/Instituto Butantan

• Resultados da fase 1: OK
• Resultados da fase 2: OK
• Resultados da fase 3: NÃO APRESENTADO
• Avaliação de qualidade tecnológica: OK
• Certificação das fábricas: OK
• Pedido de uso emergencial: NÃO FEITO
• Pedido de registro: NÃO FEITO

Janssen/Johnson & Johnson

• Resultados da fase 1: OK
• Resultados da fase 2: OK
• Resultados da fase 3: NÃO APRESENTADO
• Avaliação de qualidade tecnológica: OK
• Certificação das fábricas: NÃO APRESENTADO
• Pedido de uso emergencial: NÃO FEITO
• Pedido de registro: NÃO FEITO

Exatas News via Metro Jornal

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