(Foto: Marcos Santos/ USP Imagens)

Na semana passada, o dfndr lab, laboratório especializado em segurança digital da startup PSafe, revelou um vazamento de dados de proporções gigantescas: são listados mais de 223 milhões de CPFs. Junto deles estão informações detalhadas de cidadãos brasileiros: nome, endereço, renda, imposto de renda, fotos, participantes do Bolsa Família, scores de crédito e muito mais – os dados foram compilados em agosto de 2019. O volume de números de CPF é maior do que o da população brasileira, pois foram incluídas na base informações de pessoas que já morreram. Além disso, mais de 40 milhões de números de CNPJ, com informações atrelados a eles, também foram disponibilizados. Tudo está à venda em fóruns na internet.

Ainda não é possível saber a origem do vazamento, mas há indícios de que as informações pertençam à base de dados do Serasa – o Estadão teve acesso a parte dos dados e encontrou documentos e menções ao birô de avaliação de crédito. Uma das bases de dados supostamente pertence ao Mosaic, serviço do Serasa. Por enquanto, a empresa tem negado ser a origem do vazamento, e diz estar investigando o caso.

Para Bruno Bioni, fundador e professor do Data Privacy Brasil, esse pode não ser apenas o maior, mas também o mais lesivo vazamento de dados do Brasil. Ele compara ao caso Equifax, birô de crédito americano que viu os dados de 145 milhões de pessoas vazarem em 2017, o que rendeu um acordo de US$ 650 milhões com a Federal Trade Comission (FTC), agência responsável nos EUA por representar o direito do consumidor em casos de vazamento de dados.

Exatas News via Estadão Conteúdo

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