🚔 Terrorista bolsonarista diz que havia plano para estado de sítio; Segundo suspeito foi identificado
Em depoimento à Polícia Civil, o homem preso no sábado (24) por suspeita de ter colocado um explosivo no Aeroporto Internacional de Brasília, disse que a intenção dele e do grupo com quem estava era levar à intervenção militar e à decretação de um estado de sítio para “impedir a instauração do comunismo no Brasil”.
A Polícia Civil do Distrito Federal identificou outra pessoa que teria participado da tentativa de explosão próximo ao Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília. George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, preso que confessou participação no plano terrorista, cita o nome de “Alan” em seu depoimento. A polícia identificou a pessoa como “Alan Diego Rodrigues”. Ele está sendo procurado. A suspeita é de que o homem já tenha saído de Brasília.
O suspeito, de 54 anos, foi preso após a Polícia Civil do Distrito Federal encontrar um explosivo em um caminhão na área do aeroporto. Foram encontrados mais cinco explosivos e munições em um apartamento alugado em Brasília.
Em seu depoimento à polícia, o homem conta que é do Pará e que foi para a capital federal após o segundo turno das eleições, portando diversos armamentos para se juntar ao grupo que se manteve acampado em frente ao Quartel General (QG) do Exército em protesto à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva.
Sua intenção, contou, “era participar dos protestos” e “aguardar o acionamento das Forças Armadas para pegar em armas e derrubar o comunismo”.
“Ultrapassado quase um mês nada aconteceu e então eu resolvi traçar um plano com os manifestantes do QG do Exército para provocar a intervenção das forças armadas e a decretação do estado de sítio para impedir a instauração do comunismo no Brasil”, disse o homem apreendido.
Os planos, de acordo com ele, foram discutidos entre 22 e 23 de dezembro e incluíam explodir uma bomba no Aeroporto de Brasília e, na sequência, fazer uma denúncia anônima sobre a presença de outros dois explosivos na área de embarque.
Outra sugestão era, também, instalar uma bomba na subestação de energia Taguatinga “para provocar a falta de eletricidade e dar início ao caos que daria início à decretação do estado de sítio”, em suas palavras.
A bomba, afirmou, foi construída por ele com uma dinamite também pertencente a ele. O paraense viu pela TV que os policiais encontraram antes os explosivos do aeroporto.
Entre as armas que ele contou ter lavado consigo do Pará a Brasília estavam, além das dinamites, duas escopetas, dois revólveres, três pistolas, um fuzil e mais de mil munições.
Ele afirmou ter licença para possuir todas elas, exceto as dinamites. “Em 2021 eu tirei minhas licenças para adquirir armas (CR e CAC) de desde então gastei R$ 160 mil na compra” de armamentos, contou.
“O que me motivou foram as palavras do presidente Bolsonaro que sempre enfatizava a importância do armamento civil dizendo o seguinte: ‘um povo armado jamais será escravizado‘.”
📸 © Valter Campanato/Agência Brasil
Rádio Centro Cajazeiras via CNN Brasil e Band