Cerca de 1 milhão de pessoas voltaram a procurar emprego e a pressionar o mercado em busca de trabalho na segunda semana de agosto, na comparação com a anterior. Parte dessas pessoas conseguiu emprego, provocando um leve aumento da população ocupada, de 81,6 milhões de pessoas na primeira semana de agosto, para 82,1 milhões na semana de 9 a 15 do mesmo mês.

Neste período, o desemprego ficou em 13,6%, uma estabilidade frente a semana anterior, deixando 12,9 milhões de pessoas sem trabalhar.

As informações são da edição semanal da PNAD Covid-19, divulgada nesta sexta-feira (4) pelo IBGE, que mostra também que caiu de 18,3 milhões para 17,7 milhões o número de pessoas que gostaria de trabalhar mas não procurou emprego no período devido à pandemia ou por falta de trabalho no local onde vive.

A coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira, destaca que esta recuperação também se reflete nos dados do mercado informal, embora ainda de forma bem lenta. Na segunda semana de agosto, 28 milhões de pessoas estavam na informalidade, contra 27,9 milhões na primeira semana do mês.

Novos dados

A partir desta edição semanal da PNAD Covid-19, o IBGE inclui dados sobre a frequência e realização de atividades por estudantes matriculados em escolas e universidades e o comportamento da população sobre o distanciamento social adotado para evitar o contágio pelo coronavírus.

Dos 45,8 milhões de estudantes que frequentavam escolas ou universidades, 36,8 milhões tiveram atividades escolares na segunda semana de agosto, um aumento de 1,6 milhão na comparação com a semana anterior. O restante não teve atividade escolar ou estava de férias.

Saúde

Na segunda semana de agosto, caiu de 13 milhões para 12 milhões o número de pessoas que se queixaram de algum dos sintomas de síndrome gripal na comparação com a semana anterior. Também diminuiu de 3,7 milhões para 2,7 milhões o grupo que buscou atendimento médico.