⚠ #Atualiza: Falha no Instagram poderia deixar estranhos assumirem controle da conta
Uma vulnerabilidade no aplicativo do Instagram poderia permitir que invasores assumissem total controle da conta de usuários da rede social, executando ações sem o seu consentimento. Se explorada, a falha também poderia transformar o celular da vítima em um dispositivo de espionagem, já que fornece acesso à localização, microfone, câmera, armazenamento e contatos. A brecha de segurança, detectada nas versões para Android e iOS, já foi corrigida pelo Facebook. Por isso, é importante atualizar o aplicativo.
A falha foi descoberta há alguns meses por pesquisadores da Check Point, empresa de cibersegurança israelense, mas só foi revelada na última quinta-feira (24). De acordo com a empresa, eles quiseram garantir que os usuários já teriam atualizado seus aplicativos, reduzindo possíveis riscos. O Instagram, por lado, respondeu ao TechTudo que não acredita que o bug tenha feito vítimas. O posicionamento completo pode ser lido no final do texto.
A falha, considerada crítica pela Check Point, reside no Mozjpeg, decodificador JPEG de código aberto que é usado pelo Instagram para fazer upload de fotos no perfil do usuário. Se explorada com sucesso, a brecha permitiria, a partir de uma única imagem, a execução de códigos remotos para realizar qualquer ação prevista na lista de permissões do aplicativo do Instagram. Isso inclui acesso à localização, microfone, câmera, armazenamento e contatos, por exemplo.
Para invadir o celular da vítima, o atacante precisaria apenas enviar uma imagem para o e-mail, WhatsApp ou qualquer outra plataforma de troca de mídias do usuário alvejado. Ao abrir o arquivo malicioso e, em seguida, o aplicativo do Instagram, a pessoa ativaria, sem saber, a falha de segurança, concedendo ao invasor acesso total ao dispositivo.
Além de comandar o smartphone, o atacante também estaria no controle da conta do Instagram, o que o permitiria ler conversas, excluir ou postar fotos e manipular as informações do perfil. O invasor poderia, inclusive, bloquear o acesso à conta pela vítima, o que levaria a problemas como roubo de identidade ou perda de dados.
Segundo Yaniv Balmas, chefe de pesquisas da Check Point, a descoberta da vulnerabilidade aponta para a importância de revisar as permissões concedidas aos aplicativos. “Essa mensagem ‘aplicativo está pedindo permissão’ pode parecer um incômodo e é fácil apenas clicar em ‘Sim’. Mas, na prática, esta é uma das linhas de defesa mais fortes que todos têm contra ciberataques móveis, e eu aconselho a todos a parar um minuto e pensar se realmente querem dar a um determinado aplicativo o acesso à minha câmera, ao meu microfone e assim por diante”, afirma.
O que dizem os envolvidos
Os pesquisadores da Check Point comunicaram a descoberta da falha de segurança ao Facebook, empresa responsável pelo Instagram. A companhia de Mark Zuckerberg reparou a brecha, lançando um patch para corrigir a vulnerabilidade em edições mais recentes (posteriores à versão 128.0.0.26.128) do aplicativo do Instagram em todas as plataformas de software mobile.
Em nota ao TechTudo, a Check Point confirmou a correção da falha e encorajou os usuários a atualizar para a versão mais recente do app do Instagram.
“O patch para esta vulnerabilidade já estava disponível seis meses antes desta publicação [sobre a vulnerabilidade], para garantir que os usuários do Instagram atualizassem seus aplicativos, reduzindo assim o risco de exploração dessa vulnerabilidade. Nós encorajamos todos os usuários do Instagram a garantirem que estão usando a versão mais recente do aplicativo Instagram e a atualizar se alguma nova versão estiver disponível.”
Também em resposta ao TechTudo, o Instagram ressaltou a rápida reparação da brecha e criticou a abordagem da Check Point, que classificou como “exagerada”.
“O relatório da Check Point dá importância exagerada a um bug que foi rapidamente corrigido e que não temos motivos para acreditar que tenha afetado alguém. Em sua própria investigação, a Check Point não conseguiu explorar o bug com sucesso.”
Via Techtudo