Desmoronamento causado pelas chuvas no bairro Itatinga, conhecido como Topolândia, no litoral norte de SP 📸 © Rovena Rosa/Agência Brasil

As chuvas torrenciais que provocaram a morte de mais de 50 pessoas no litoral norte de São Paulo devem ser cada vez mais frequentes no Brasil e no mundo graças ao aquecimento global, afirmam meteorologistas consultados pelo UOL.

As chuvas que ultrapassaram os 600 milímetros no litoral paulista são o que os especialistas chamam de “evento extremo”, uma ocorrência climática excepcional com graves consequências ambientais. A quantidade de chuva foi considerada um novo recorde no Brasil, superando a tragédia em Petrópolis no ano passado.

Nas praias de São Paulo o evento extremo foi a chuva forte, mas em outras regiões do Brasil e do mundo esse evento pode ser uma seca prolongada, um frio muito forte ou calor excessivo, como vem acontecendo na Europa nos últimos verões.

No litoral paulista, o evento extraordinário é conhecido como chuva orográfica, quando o relevo da região interfere nas precipitações.

“Foi a combinação de uma frente fria que parou em uma área com topografia de costa [montanhas] que serviu de parede. A umidade do mar acabou estagnada e começou a chuva fora do padrão”, explica o meteorologista Olívio Bahia, do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

“A maioria dos extremos climáticos está ligada às mudanças provocadas pelo aquecimento global”, diz o meteorologista Marcelo Seluchi, do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais). “Eventos desse tipo vão se tornar cada vez mais frequentes”, afirma. “Não conseguimos prever quando ou onde, mas esse tipo de evento certamente vai aumentar em todo o mundo.” (As informações são do Uol)

📸 © Lia Mara/Secom Palmas

Rádio Centro Cajazeiras

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.

Participe de nossa Programação!