Após 11 anos, Taylor Swift voltou ao Brasil e, na última sexta-feira (17), realizou o primeiro show aberto ao público no país. Apesar da expectativa e empolgação dos fãs, a passagem da cantora americana pelo Brasil está sendo marcada por tragédias e polêmicas. Os admiradores da artista enfrentaram dificuldades desde a compra dos ingressos até as condições complicadas no estádio Nilton Santos, onde acontecem os shows do Rio de Janeiro. Entre todos esses momentos, o mais trágico é o da morte de Ana Clara Benevides, de 23 anos, que passou mal na apresentação de estreia do show The Eras Tour em terras brasileiras

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Fã de Taylor, Ana Clara, morre por hemorragia pulmonar durante primeiro show da turnê da cantora
📸 © Reprodução/Redes sociais

Ana Clara era estudante de psicologia em Mato Grosso do Sul. A jovem viajou para o Rio de Janeiro para assistir ao show da cantora e passou mal no início da apresentação. Ela chegou a ser atendida no posto médico dentro do estádio e foi transferida de ambulância para o hospital, mas não resistiu. A perícia do IML constatou que a jovem sofreu uma hemorragia pulmonar. Para transportar o corpo, a família de Ana Clara precisou contar com doações financeiras de outros fãs para arcar com os custos da viagem.

No primeiro dia de apresentação, a sensação térmica dentro do estádio chegou aos 60°C. O público presente compartilhou relatos nas redes sociais sobre a dificuldade para comprar água dentro do local e contou que as saídas de ar do Engenhão estavam bloqueadas por tapumes. Após a morte de Ana Clara e as críticas dos fãs, foi liberada a entrada de água nos estádios, o Corpo de Bombeiros passou a molhar quem estava na fila esperando a abertura dos portões e fãs se organizaram para distribuir água a todos.

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Bem antes da chegada da cantora ao Brasil, os fãs da diva pop já enfrentaram dificuldades. As vendas dos ingressos foram marcadas por ações de cambistas. Em junho, o R7 presenciou cambistas em frente ao ponto de vendas físico, e “swifities”, como são chamados os admiradores da artista, disseram ter sofrido ameaças. Após denúncias, a Polícia Civil e o Procon realizaram uma operação para impedir a ação dos cambistas no segundo dia de vendas.

O segundo show de Taylor Swift estava marcado para acontecer no último sábado (18), dia que tinha a previsão de bater recorde de temperatura no Rio de Janeiro, mas foi adiado para a segunda-feira (19) após a morte da jovem e as condições extremas dentro do estádio. Porém, o adiamento foi feito apenas uma hora antes do início do show de abertura, quando o público já estava dentro do estádio e já tinha enfrentado horas na fila.

Antes do cancelamento, ao longo da tarde, fãs sofreram queimaduras dentro do estádio. Alguns admiradores da cantora contaram que tiveram queimaduras de segundo grau após terem encostado em estruturas metálicas montadas pela organização, que ficaram muito quentes por causa da alta temperatura.

Após o cancelamento, quando saíam do Engenhão, os fãs ainda tiveram de enfrentar arrastões na porta do estádio. Houve tumulto em dois pontos e, nas redes sociais, é possível conferir o momento em que diversos admiradores de Taylor Swift buscam refúgio em uma lanchonete.

Ainda sobre os dias de apresentação, fãs relataram nas redes sociais que foram medicados com remédio psiquiátrico nos postos médicos dentro do Engenhão. Mais de uma pessoa contou que chegou a procurar ajuda médica porque estava passando mal e recebeu clonazepam da equipe presente no local, um medicamento controlado e usado para crises de pânico, ansiedade e convulsões.

No último domingo (19), carros da comitiva de Taylor Swift foram apreendidos após as autoridades receberem denúncia de que os veículos estariam com as placas cobertas por um plástico preto, segundo a Polícia Civil do Rio. Os condutores podem ser responsabilizados pelo crime de ocultar ou adulterar sinais identificadores de veículos. Em depoimento à Polícia, os motoristas disseram que foram orientados a cobrir as placas dos veículos para trafegar em faixas exclusivas. Como não houve flagrante, os veículos já foram devolvidos. Os investigadores solicitaram imagens da câmera de segurança do hotel para que sejam analisadas.

Em meio a tantas polêmicas e momentos delicados, a própria Taylor Swift passou a ser alvo de críticas dos fãs. A cantora desagradou ao público por não comentar a morte de Ana Clara nem homenagear abertamente a jovem durante o show. Para a apresentação da última segunda-feira (19), fã-clubes organizaram um protesto em memória da estudante.

Gabriel Mongenot Santana, fã de Taylor foi morto durante assalto na praia de Copacabana
📸 © Reprodução/Redes sociais

Gabriel Mongenot Santana Milhomem Santos, de 25 anos, também era fã de Taylor Swift e havia viajado para o Rio de Janeiro para assistir ao show da cantora. O jovem foi morto em um assalto na praia de Copacabana, na zona sul da cidade — ele foi esfaqueado no peito. Os suspeitos do crime foram presos e já têm passagens pela polícia. As informações são do R7.

|📸 © Estádio Nilton Santos/Divulgação

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