O arroz, leite e óleo, tradicionais itens da cesta básica do brasileiro, foram os grandes vilões da inflação da cesta básica em agosto, segundo o Índice de Preços dos Supermercados, calculado pela APAS/FIPE.

O indicador registrou alta de 0,90% no mês passado e acumula 5,93% no ano.  Em 2019, o acumulado para o mesmo período foi de 3,03%.

Arroz

O arroz manteve a posição de vilão anunciada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na semana passada, e subiu 3,81% em agosto e 25,7% no acumulado do ano, de acordo com a Apas.

Leite

O leite registrou alta de 5,07% em agosto e de 27,78% no ano. Em agosto do ano passado, o preço da bebida sofreu elevação de 0,46%.

Óleo de soja

Em agosto, o preço do óleo de soja subiu 13,02% bem diferente da baixa que teve no mesmo mês em 2019, quando atingiu -0,78%. No acumulado do ano, o percentual foi de 23,83%.

Limão

O limão registrou alta de 37,16% em agosto e de 37,44% no acumulado. Em agosto de 2019, a elevação foi de 25,27%.

Abastecimento na pandemia contribuiu para alta

Uma série de fatores contribuíram para a alta dos alimentos em agosto, de acordo com nota da Apas. No caso do arroz, destacam-se:

• Abastecimento na pandemia: com o abastecimento ininterrupto durante o período de pandemia, os supermercados tiveram de comprar somente o necessário para repor o estoque;
 Auxílio emergencial: o pagamento do auxílio incentivou o consumo de itens da cesta básica, como o arroz, instigando a demanda.
• Aumento das exportações: Índia, Vietnã e Tailândia dificuldades logísticas e de colheita por conta da covid-19. Com isso, Brasil tornando-se atrativo para os estrangeiros, uma vez que o real está em baixa;

No caso do leite, de acordo com a nota da Apas, além da entressafra que chega ao fim, produtores de leite e indústria alegam que os insumos estão mais caros devido ao alto valor do dólar.

A ração subiu 65% em 12 meses e houve um descompasso entre a oferta de produtores e indústria, segundo os produtores.

A alta no preço do óleo de soja, também segundo a nota, vem sendo impulsionada pela China. O país foi o primeiro que saiu da pandemia de covid-19 e, desde fevereiro, importa 73% do produto.

“O cenário só não é pior, pois o Brasil continua batendo recordes de produção, porém não o suficiente para equilibrar a oferta interna com a exportação. E, por fim, no acumulado de 2020, a soja no campo registrou um aumento de 57%”, finaliza a nota.

Via R7

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