Pelas bandas do Nordeste ele é rei. De manhã, à tarde ou à noite, cai bem como prato principal do dia porque de “sustança” ele entende. Purinho ou com manteiga em cima dele beeeeem quentinho, a ponto de derreter sabe como é? O pacote que alimenta custa, em média, R$ 1,40. Com preços do arroz, feijão e demais itens básicos inflacionados, ganhou ainda mais protagonismo. É a sustança nas mesas e armários cada vez mais vazios.

Se o Dia Mundial do Cuscuz é comemorado nesta sexta (19), para muitos nordestinos o alimento tem lugar especial na mesa diariamente. Fácil de ser adaptado para diferentes pratos, a comida teve origem no Norte da África, veio para a Península Ibérica e, só depois, chegou à América. Atualmente, possui versões diferentes em todo o Brasil, mas em alguns estados é facilmente encontrado em casas, restaurantes e outros estabelecimentos.

Coincidentemente, a data para comemorar o cuscuz é a mesma usada para o Dia de São José. Já reparou? A celebração do santo da igreja Católica, que ocorre também nesta sexta, é conhecida como um dos sinais para o início da plantação de milho, por exemplo, principal matéria-prima do prato. 

E o reconhecimento mundial, que já é antigo entre os admiradores do cuscuz, veio oficialmente ao fim de 2020. No último mês de dezembro, ele se tornou Patrimônio Imaterial da Humanidade ao ser reconhecido pelo Comitê de Patrimônio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Ainda assim, nem só disso é feita a história do cuscuz. 

? © Pajotar04/Pixabay 

Rádio Centro Cajazeiras

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