O volume de vendas do comércio varejista brasileiro cresceu 8% em junho, após alta recorde de 14,4%, em maio. Porém, os resultados positivos nesses dois meses não foram suficientes para recuperar as perdas acumuladas por causa das medidas de isolamento social para conter a pandemia da Covid-19.

A Pesquisa Mensal de Comércio divulgada nesta quarta-feira (12), pelo IBGE, mostra que o setor fechou o primeiro semestre deste ano com queda de 3,1%, frente ao primeiro semestre de 2019. De acordo com os dados da pesquisa, esse resultado semestral é o menor desde o segundo semestre de 2016, quando a queda foi de 5,6%.

Com exceção de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, atividade que teve queda de 2,7%, na comparação com maio; todos os outros grupos analisados pela pesquisa cresceram. Os maiores percentuais foram de livros, jornais, revistas e papelarias, tecidos, vestuário e calçados, móveis e eletrodomésticos e outros artigos de uso pessoal e doméstico.

O gerente da pesquisa, Cristiano Santos, explica que os resultados positivos já eram esperados, porque a base de comparação com abril estava muito baixa. O mesmo aconteceu com os relatos dos empresários sobre suas receitas.

No comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas cresceu 12,6%, em relação a maio. Também pelo segundo mês consecutivo, os resultados apontaram menor impacto do isolamento social no comércio.

Redação com Radioagência Nacional