|🏹🛐 Comunidades de terreiros não confiam na Política de Segurança oferecida pelo Estado
Comunidades de Terreiros da zona oeste do Rio e da baixada fluminense manifestam descrença com a Política de Segurança do Estado, com o aumento dos casos de ameaças, injúria racial, agressões físicas e até expulsões de lideranças e comunidades de seus próprios territórios. É o que mostra um relatório produzido pela Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial, organização que atua com ações de enfrentamento à violência, em parceria com o Centro de Tradições Ylê Asé Egi Omim.
O racismo religioso e a segurança publica foram debatidos e questionados em grupos focais de quatro terreiros das duas regiões, que concentram o maior números de casas de Axé no estado e registram elevados índice de violações e ataques.
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Em todos os grupos, segundo o relatório, ficou evidente o total descrédito com as instituições policiais para fins de proteção e segurança.
Esses territórios são alvos de milícias e do tráfico que dominam essas regiões e se relacionam com as forças policiais. Segundo Patrick Mello, assessor de comunicação da IDMJ e responsável pelo relatório, esse cenário, somado à atuação histórica das polícias na perseguição aos terreiros no passado, faz com que muitas denúncias sejam subnotificadas e outras sequer registradas.
Patrick Melo avalia que políticas sociais efetivas, que vão além da abordagem policialesca, são necessárias para lidar com a situação.
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Com a omissão do poder publico, o relatório mostra que as comunidades de terreiros recorrem a estratégias para proteção e cuidado contra as ameaças dos poderes locais, que incluem a fé nos orixás e a articulação com vizinhos e comunidades próximas para criar uma rede de apoio. Eles também procuram dar visibilidade às violações nos canais de mídia.
Os terreiros ainda desempenham uma função social nesses territórios como espaços de acolhida, assistência social, de cuidado, proteção, fornecendo inclusive alimentação para famílias vulneráveis.
A reportagem procurou as Secretarias de Segurança de Polícia Civil e Militar sobre a política de segurança publica. As informações são da Agência Brasil.
📸 © Reprodução via terreirocabocloakuan
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