Projeto lançado por maternidade paraibana atende bebês que perderam mães para a Covid – © SES/Divulgação

Os bebês que perderam as mães para a Covid-19 estão recebendo uma atenção especial na Maternidade Frei Damião, em João Pessoa. A unidade de saúde implantou o projeto denominado de “Hora do Colinho”. De autoria da enfermeira da Frei Damião, Mariluce Ribeiro de Sá, o projeto tem como principais objetivos proporcionar momento de relaxamento e acolhimento para o recém-nascido, diminuir a ausência materna/paterna ou familiares, o estresse e a sensação de dor como também proporcionar ao recém-nascido e/ou lactente um cuidado mais humanizado e com condições que favoreçam a sua melhor recuperação.

? Criação de vacina única contra gripe e Covid é estudada para facilitar imunização

? Municípios aplicaram 11,3 mi de vacinas em moradores de outras cidades

A enfermeira explica que o colo é um “santo remédio” e existem vários estudos que comprovam os benefícios do contato físico com a pele da mãe para os bebês recém-nascidos ou com alguns meses de vida. Nesse caso, a “Hora do Colinho” tem como objetivo proporcionar aos recém-nascidos um momento de acolhimento e terapia durante o plantão devido à ausência de familiares, com um cuidado humanizado, a fim de minimizar o estresse, alguma dor e a falta que o bebê sinta da mãe.

? Cobertura da vacinação infantil registra queda de até 39% na pandemia

? Equipes que mais vacinarem contra Covid-19 na PB serão premiadas com R$ 3 mil

A coordenadora da Alta Complexidade da Maternidade Frei Damião, Júlia Martins, explica que com a técnica do Procedimento Operacional Padrão (POP), utilizada para a Hora do Colinho, os recém-nascidos ficam mais tranquilos e menos chorosos, trazendo aconchego e reduzindo a produção de cortisol (hormônio da dor). “Devido os movimentos, a técnica contribuirá para o alívio das cólicas e garantir um sono tranquilo para eles”, destacou. 

? Paraíba está entre os estados beneficiados com R$ 34 mi para obras de saneamento

? Inep libera resultado de recurso para pedido de isenção do Enem 2021

Para a diretora geral da Maternidade Frei Damião, Selda Gomes, esse projeto é mais uma das dezenas de ações implantadas dentro da política de humanização e que são postas em prática diariamente na unidade de saúde e que se estendem não só aos pacientes como também aos colaboradores. “Todos nós sabemos que um ambiente hospitalar não é nada agradável, é sempre tenso, principalmente agora nesse tempo de pandemia da Covid-19. Então temos que implementar ações e serviços que visem melhorar e alegrar esse ambiente para que as pessoas se sintam mais motivadas a desenvolver as suas atividades profissionais”, comentou.

Estudos apontam que o colo melhora a sensação da dor e proporciona relaxamento 

“Existem estudos que dizem que o colo melhora a sensação da dor e de sua duração, diminuição da frequência cardíaca com consequente sensação de relaxamento e até mesmo ativação de genes envolvidos no metabolismo e no sistema imunológico. Os bebês, por estarem em um ambiente hospitalar, muitas vezes se sentem sozinhos, por impossibilidades de os pais os acompanharem em tempo integral ou receberem visitas, devido à pandemia ou por terem sido abandonadas. A demonstração de afeto através do colinho terapêutico ameniza o estresse e facilita a recuperação”, explica a enfermeira Mariluce Ribeiro de Sá.

Ela explica que a técnica de POP melhora a respiração porque vai expandir a caixa torácica do bebê e auxilia o funcionamento do intestino e do estômago ao ser movimentado. Além do mais, o recém-nascido se torna mais receptivo ao toque em geral e a ter mais facilidade para se relacionar.

“Devemos lembrar sempre que o toque será feito de forma terapêutica, para aliviar estresse ou algum processo de dor no recém-nascido e para o procedimento acontecer o recém-nascido precisa estar dentro dos quesitos da técnica”, finalizou.

? © SES/Divulgação

Rádio Centro Cajazeiras

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.

Participe de nossa Programação!