?? Projeto paraibano está atendendo bebês que perderam mães para a Covid
Os bebês que perderam as mães para a Covid-19 estão recebendo uma atenção especial na Maternidade Frei Damião, em João Pessoa. A unidade de saúde implantou o projeto denominado de “Hora do Colinho”. De autoria da enfermeira da Frei Damião, Mariluce Ribeiro de Sá, o projeto tem como principais objetivos proporcionar momento de relaxamento e acolhimento para o recém-nascido, diminuir a ausência materna/paterna ou familiares, o estresse e a sensação de dor como também proporcionar ao recém-nascido e/ou lactente um cuidado mais humanizado e com condições que favoreçam a sua melhor recuperação.
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A enfermeira explica que o colo é um “santo remédio” e existem vários estudos que comprovam os benefícios do contato físico com a pele da mãe para os bebês recém-nascidos ou com alguns meses de vida. Nesse caso, a “Hora do Colinho” tem como objetivo proporcionar aos recém-nascidos um momento de acolhimento e terapia durante o plantão devido à ausência de familiares, com um cuidado humanizado, a fim de minimizar o estresse, alguma dor e a falta que o bebê sinta da mãe.
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A coordenadora da Alta Complexidade da Maternidade Frei Damião, Júlia Martins, explica que com a técnica do Procedimento Operacional Padrão (POP), utilizada para a Hora do Colinho, os recém-nascidos ficam mais tranquilos e menos chorosos, trazendo aconchego e reduzindo a produção de cortisol (hormônio da dor). “Devido os movimentos, a técnica contribuirá para o alívio das cólicas e garantir um sono tranquilo para eles”, destacou.
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Para a diretora geral da Maternidade Frei Damião, Selda Gomes, esse projeto é mais uma das dezenas de ações implantadas dentro da política de humanização e que são postas em prática diariamente na unidade de saúde e que se estendem não só aos pacientes como também aos colaboradores. “Todos nós sabemos que um ambiente hospitalar não é nada agradável, é sempre tenso, principalmente agora nesse tempo de pandemia da Covid-19. Então temos que implementar ações e serviços que visem melhorar e alegrar esse ambiente para que as pessoas se sintam mais motivadas a desenvolver as suas atividades profissionais”, comentou.
Estudos apontam que o colo melhora a sensação da dor e proporciona relaxamento
“Existem estudos que dizem que o colo melhora a sensação da dor e de sua duração, diminuição da frequência cardíaca com consequente sensação de relaxamento e até mesmo ativação de genes envolvidos no metabolismo e no sistema imunológico. Os bebês, por estarem em um ambiente hospitalar, muitas vezes se sentem sozinhos, por impossibilidades de os pais os acompanharem em tempo integral ou receberem visitas, devido à pandemia ou por terem sido abandonadas. A demonstração de afeto através do colinho terapêutico ameniza o estresse e facilita a recuperação”, explica a enfermeira Mariluce Ribeiro de Sá.
Ela explica que a técnica de POP melhora a respiração porque vai expandir a caixa torácica do bebê e auxilia o funcionamento do intestino e do estômago ao ser movimentado. Além do mais, o recém-nascido se torna mais receptivo ao toque em geral e a ter mais facilidade para se relacionar.
“Devemos lembrar sempre que o toque será feito de forma terapêutica, para aliviar estresse ou algum processo de dor no recém-nascido e para o procedimento acontecer o recém-nascido precisa estar dentro dos quesitos da técnica”, finalizou.
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