O dia Internacional do idoso, celebrado nesta quinta-feira (1), será marcado pela saudade e tristeza em milhares de lares por causa da pandemia do novo coronavírus. Só aqui no Brasil mais de 100 mil pessoas acima de 60 anos morreram em decorrência da covid-19.

Grupo de risco mais vulnerável, foram os pacientes da terceira idade as principais vítimas da doença.

Atento à pandemia, seu João, nome fictício dado ao nosso personagem, sabe quais orientações seguir.

Em junho, o governo liberou R$160 milhões a Instituições de Longa Permanência para Idosos, com o objetivo de ajudar no enfrentamento à covid-19. 

Mas, a Coordenadora da Frente Nacional de Fortalecimento à Instituição de Longa Permanência para idoso, a médica Karla Giacomin, avalia que as medidas preventivas de combate à pandemia foram insuficientes para proteger a população que está internada em lares de acolhimento.

As vagas no Brasil são poucas e a realidade é desigual. Apenas 6% das instituições de longa permanência são públicas.

O país conta com pouco mais de 5,7 mil  unidades de acolhimento dentro da Política Nacional de Assistência Social. O número de idosos atendidos por este sistema é de cerca de 57 mil.

Número muito longe da demanda, já que hoje os idosos representam 14,3% da população brasileira, quase 30 milhões de pessoas. Em 2030, o número deve superar o de crianças e adolescentes.

Ansiedade, depressão e demência são as principais doenças psicológicas que atingem os velhinhos internados em asilo.

Outro problema é a falta de visibilidade e o preconceito da sociedade em relação às instituições.

Para Sergio Hirakawa, da Sociedade Brasileira de Apoio à Terceira Idade, o idoso no Brasil está abandonado.

Leonardo Tavares, psicólogo do Lar Dos Velhinhos Maria Madalena, no Distrito Federal, lamenta que atividades como ir ao clube, eventos e visitas estejam suspensos diante da pandemia. Entusiasta da profissão, ele divide o amor pelo trabalho com os idosos.

Em 2003, foi aprovado o Estatuto do Idoso, uma lei que prevê ao idoso garantias de seus direitos. 17 anos se passaram, e os representantes das entidades de Apoio à Terceira Idade ouvidos pela nossa reportagem avaliam: o Brasil ainda precisa avançar e muito para oferecer uma velhice com dignidade à população.

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