? Butantan diz que vai exportar doses extras de Coronavac se Saúde não se manifestar
? Foto: Divulgação/ SaúdeSP
Questionado sobre a entrega de insumos e o ritmo de produção da Coronavac, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, tranquilizou e afirmou que a entrega da matéria-prima está assegurada e que o contrato com o Ministério da Saúde, para a entrega das 46 milhões de doses, será cumprido. Porém, também disse que o governo federal ainda não procurou o Butantan para acertar uma nova entrega de imunizantes.
“A questão da matéria-prima, na minha opinião, está resolvida com a chegada, na próxima semana (dos insumos), e a notícia que nós (governo estadual) temos é que os embarques sucessivos também irão acontecer muito rapidamente”, afirmou Dimas Covas.Continua após a publicidade
E complementou: “Tendo isso em vista, a produção das vacinas pelo Butantan vai prosseguir em ritmo acelerado para atender os compromissos com o Ministério da Saúde”.
Covas ressaltou, entretanto, que, até o momento, o Ministério da Saúde não entrou em contato com o Butantan para adquirir mais doses da Coronavac. Portanto, por enquanto, apenas as 46 milhões de doses estão garantidas até o momento.
Ele disse também que há a expectativa de firmar um novo contrato para a obtenção de mais 54 milhões de doses por parte do governo federal.
“Isso me preocupa um pouco porque está na hora de decidir, e se nós demorarmos, não vamos, de fato, conseguir ampliar essa número (de produção). O Butantan tem compromissos com outros países. Se o Brasil declinar dessas 54 milhões de doses, nós vamos priorizar os demais países com os quais nós temos acordo”, criticou Covas.Continua após a publicidade
Críticas ao Ministério da Saúde
O governador do estado de São Paulo, João Doria, classificou como “inacreditável” o fato do Ministério da Saúde ainda não ter se manifestado sobre o novo pedido de vacinas.
“Não serão com 2 milhões de vacina da AstraZeneca que nós vamos salvar os brasileiros. Nós precisamos de mais vacinas. E agora o Butantan disponibiliza mais 54 milhões de doses para o Ministério da Saúde e a pergunta é: Eles farão ou não a opção para a compra dessas vacinas para imunizar os brasileiros?”, questionou Doria.
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