? Testes brasileiros com a CoronaVac revelam eficácia de 78% na vacina chinesa
O governo de São Paulo divulgou, nesta quinta-feira (07), o aguardado resultado dos testes da CoronaVac, imunizante produzido pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Conforme as informações oficiais, a vacina apresentou 78% de eficácia contra o novo coronavírus no ensaio clínico conduzido no Brasil.
Esse percentual de 78% de proteção é referente aos quadros leves de covid-19. Já quanto aos casos mais graves e moderados da doença, o imunizante apresentou 100% de eficácia, de acordo com o governo paulista. Os dados do estudo foram revisados pelo Comitê Internacional Independente, na Áustria, responsável por monitorar a pesquisa desde o início.
Vale lembrar que os testes realizados no território nacional contaram com a participação de 13 mil voluntários, de oito estados, todos profissionais da área de saúde. Cada um deles recebeu duas doses da vacina, aplicadas com um intervalo de 14 dias.
Em entrevista ao G1, a microbiologista Natália Pasternak considerou o índice de eficácia da CoronaVac “excelente”. Ela disse que era esperado uma eficácia inferior à apresentada pelas vacinas da Pfizer e da Moderna, devido à tecnologia do processo de produção, utilizando vírus inativado.
Solicitação de uso emergencial
Com a eficácia apresentada, os responsáveis pelo imunizante chinês já podem pedir o registro do produto junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Anteriormente, o órgão regulador havia afirmado ser necessário um índice de 50% para a aprovação de qualquer vacina.
A solicitação para uso emergencial da CoronaVac no Brasil deve ser enviada pelo Instituto Butantan ainda hoje à Anvisa. A expectativa é de que uma resposta seja dada pela agência federal em um prazo de até 10 dias.
Em caso de liberação, o governo paulista afirmou que iniciará a vacinação no estado no próximo dia 25 de janeiro. O cronograma prevê imunizar 9 milhões de pessoas na primeira fase da campanha, até o final de março.
Exatas News via Folha, G1, Veja e Gov SP