Colégios particulares da capital paulista têm estratégias e posições diversas sobre a retomada de aulas presenciais. Diretor-presidente do Colégio Bandeirantes, Mauro Aguiar vê demora para reabrir as escolas. “Um vexame internacional a cidade de São Paulo ser a única entre as cidades mais importantes do mundo que não priorizou a educação.” O prefeito Bruno Covas (PSDB) estudou no colégio, na Vila Mariana, zona sul.

Aguiar diz que no exterior há exemplos de reabertura sem alta de contágio e cita planos para retorno com segurança no Band. “A aula presencial será optativa dentro do limite de 20% dos alunos, evitando qualquer aglomeração, na entrada, durante aulas, na saída, inclusive calçadas. Fizemos um horário novo adaptado às circunstâncias. O ensino remoto continua.” Ele prevê presença menor de alunos no início, mas acredita que aos poucos as famílias perceberão o rigor dos protocolos.

Já o Colégio Equipe, em Higienópolis, região central, pretende retomar o mínimo de aulas na escola se tiver aval da Prefeitura. “O trabalho será essencialmente on-line, com a possibilidade de marcarmos encontros presenciais para grupos específicos de alunos”, diz a diretora escolar Luciana Fevorini, que considera positiva a permissão para reabrir em outubro para acolhimento e interação entre as crianças e jovens. A decisão será tomada com os pais.

A diretora do Colégio PentágonoPatricia Nogueira, diz considerar a volta conforme as orientações do governo. A escola – que tem unidades no MorumbiAlphaville e Perdizes – firmou uma parceria com o Hospital Albert Einstein para ações sanitárias. “Retomaremos as aulas de forma híbrida, com transmissão ao vivo pelas salas de aulas, que estão preparadas para este modelo. O esforço é para a volta ainda em 2020, pois os alunos tiveram prejuízos emocionais, além da aprendizagem.”

Na Escola Gracinha, da região do Itaim Bibi, zona sul, uma pesquisa em agosto mostrou que 45% das famílias disseram que enviariam os filhos em caso de retomada das atividades. “No início, (haverá) retorno com 35% dos alunos, duas séries por período, subdivididas em grupos pequenos e estáveis. Encontros voltados para acolhimento e diagnóstico, ficando o trabalho mais pesado para o remoto”, conta o diretor, Wagner Cafagni Borja.

Estadão

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