O fogo continua sendo o maior inimigo da fauna e da vegetação do Pantanal. O programa Queimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), registrou 8.106 focos de incêndio no bioma em setembro, maior número para o mês desde o início do monitoramento, em 1998.

No acumulado de 2020, já são 18.249 pontos de calor no pantanal. Com três meses para o fim do ano, o número já é o mais alto desde 1998, outro triste recorde. O número de queimadas de 1º de janeiro até setembro de 2020 é 46% maior que nos 12 meses de 2005, ano que havia registrado o mais elevado índice de incêndios até então: 12.536 focos.

Até o momento, cerca de 3 milhões de hectares do pantanal já foram consumidos pelo fogo. De acordo com artigo do Instituto Socioambiental da Bacia do Alto Paraguai SOS Pantanal,    o fogo “interfere na biodiversidade, atrapalha o ecossistema e também aumenta os níveis de poluição”.

Ainda não há uma estimativa de quantos animais morreram durante as queimadas. No entanto, o fogo já compromete a conservação de onças e araras-azuis, por exemplo.

Para piorar, o pantanal passa por uma das piores secas do últimos anos. Além dos incêndios criminosos, a estiagem é um dos principais fatores que colaboram para o aumento das queimadas. Diante deste cenário, a previsão para os próximos anos não são animadoras. De acordo com estimativa da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, a seca severa no pantanal pode durar por pelo menos cinco anos.

“A situação excepcional de estiagem supera a capacidade de preparação dos pantaneiros e das instituições públicas que trabalham na prevenção dos incêndios locais”, explicou na quarta-feira o secretário da pasta, Alexandre Lucas Alves, durante participação em audiência pública no Senado.

Via Metro Jornal

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.

Participe de nossa Programação!