Por Cristiane Sampaio, do Brasil de Fato

Favoritos acumulam apoios e Câmara e Senado entram na reta final da corrida pela sucessão
📸 © Joédson Alves/Agência Brasil

Com a proximidade do fim do recesso legislativo, a Câmara dos Deputados e o Senado vivem nesta semana o último capítulo das articulações políticas voltadas à sucessão dos presidentes Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A eleição interna está agendada para ocorrer no próximo sábado (1º), data de abertura do ano legislativo. A corrida vem se consolidando para a provável eleição de Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP) em cada uma das casas, respectivamente, em decorrência do amplo leque de apoios costurado por cada um deles.

Entre os deputados, Motta não enfrenta concorrentes de maior calibre político e deverá concorrer apenas com psolista Henrique Vieira (RJ), único candidato que registrou candidatura além do líder do Republicanos. Este último aglutina em torno de si uma frente com 17 partidos, incluindo o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro e o PT do presidente Lula. A lista traz ainda PP, Podemos, PCdoB, PV, PDT, PSB, PSDB, Cidadania, Rede, PRD, Solidariedade, PSD e União Brasil.

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Inicialmente, os dois últimos lançariam candidaturas próprias, investindo em Antonio Brito (BA) e Elmar Nascimento (BA), respectivamente, mas as costuras acabaram se encaminhando para uma frente que reunisse maior margem de apoio e, com isso, as legendas desistiram de candidaturas próprias e aderiram à chapa de Hugo Motta. O líder do Republicanos conta ainda com o patrocínio político de Arthur Lira, considerado central na disputa, uma vez que o pepista viveu, nos últimos anos, uma rota de fortalecimento de seu poder político dentro e fora da Casa em meio à diversificação da política do “orçamento secreto”.

Psol

Em nota divulgada à imprensa na última sexta (24), a bancada do Psol disse manter a candidatura de Henrique Vieira, que é um dos vice-líderes do governo na Casa, além de pastor da Igreja Batista do Caminho no Rio de Janeiro (RJ) e ex-vereador. O partido afirma que “se compromete a enfrentar o extremismo e a violência política no Congresso, defendendo que a presidência da Câmara deve ser ocupada por um projeto democrático e voltado para as necessidades do povo trabalhador”. Crítico a Hugo Motta, Vieira disse que a chapa do republicano simboliza “a continuidade do legado de Eduardo Cunha”, emedebista e ex-presidente da Câmara cassado em 2016 após denúncia formalizada pelo Psol.

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Eleição

O pleito do próximo sábado elegerá não apenas o presidente de cada uma das casas, mas também os sucessores dos demais componentes das mesas diretoras da Câmara e do Senado, que incluem os cargos de 1o vice-presidente, 2o vice-presidente, além dos 1o, 2o, 3o e 4o secretários e quatro suplentes. A mesa é um órgão interno responsável pela organização dos trabalhos administrativos e burocráticos de cada instituição. A eleição para os seus integrantes se dá de forma separada à do presidente, ou seja, eles concorrem em chapas separadas, embora o processo se dê na mesma data. Os membros eleitos deverão exercer o mandato pelo biênio 2025/2027.

|📸 © Antônio Cruz/Agência Brasil

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