TSE nega acordo com Forças Armadas para apuração paralela em tempo real das eleições 📸 © Antonio Augusto/TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nota, nesta última segunda-feira (12), negando acordo com as Forças Armadas para contabilização dos votos com acesso diferenciado dos dados da apuração das eleições deste ano.

Segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”, o Exército realizaria uma contagem paralela da votação utilizando 385 boletins de urnas, amostragem que garantiria 95% de confiabilidade. Ainda de acordo com a notícia, o acordo foi definido no encontro entre o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, e representantes das Forças Armadas no dia 31 de agosto.

Na nota desta segunda-feira, o TSE informou que não houve alteração nas regras definidas no primeiro semestre de 2022 ou acordo com as Forças Armadas para acesso diferenciado em tempo real dos dados para totalização do pleito pelos Tribunais Regionais Eleitorais.

De acordo com o órgão, a novidade para o pleito será a disponibilização dos boletins de urnas, via internet, para consulta das entidades fiscalizadoras e do público em geral.

“Independentemente dessa possibilidade, como ocorre há diversas eleições, qualquer interessado poderá ir às seções eleitorais e somar livremente os BUs [boletins de urnas] de uma urna específica, de dez, de trezentas ou de todas as urnas”, diz nota do TSE.

Em junho, a Justiça Eleitoral emitiu nota explicando que a medida de instituições consultarem os boletins para contabilização em tempo real não seria uma novidade.

“É comum, em eleições suplementares, partidos e candidatos que fazem esse processo de totalização por meios próprios e que, às vezes, muito antes da Justiça Eleitoral, já conhecem os resultados, sem que haja registro de qualquer contestação em relação aos divulgados oficialmente”, afirmou anteriormente o TSE.

A participação de militares na apuração dos votos nestas eleições passou a ser uma das demandas de Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, desde que o presidente acentuou seus ataques ao sistema eleitoral. O Ministério da Defesa endossou as demandas do presidente, ainda que não existam provas nem indícios de fragilidade das urnas eletrônicas.

Após tomar posse como presidente do TSE, Moraes promoveu reuniões com integrantes do ministério a fim de distensionar a relação entre o tribunal e militares.

📸 © Antonio Augusto/TSE

Rádio Centro Cajazeiras via Valor Econômico

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