CACs fornecem armas e dão até aulas aos integrantes do crime organizado, apura PF
📸 © Divulgação/PF

A Polícia Federal e o Ministério Público do Estado de São Paulo, por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da capital, deflagraram na manhã desta terça-feira (10/09/2024) a segunda fase da Operação Baal. A ação cumpre buscas e executas prisões relacionadas a integrantes de organização criminosa voltada à prática conhecida por “novo cangaço”. A modalidade de crime envolve roubos a bancos, carros fortes, caixas eletrônicos nos quais facções fortemente armadas exercem domínio territorial de bairros e até cidades.

Durante as investigações – a primeira fase da operação começou em maio deste ano – os policiais descobriram participação de Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs) no fornecimento de armas, munições e explosivos utilizados pela organização criminosa. A operação encontrou vídeos em que um dos CACs ministra aulas de tiro de fuzil para outro integrante da organização criminosa. Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão domiciliar e três mandados de prisão preventiva em São Paulo e em Buri/SP.

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Tais ações constituem uma forma de conflito não convencional e proveniente da evolução de crimes violentos contra o patrimônio. Desse modo, grupos criminosos impedem a ação do poder público por meio do planejamento e execução de roubos que causam um verdadeiro terror social.

Gaeco e PF

Atendendo ao pedido formulado pelo Ministério Público, a Justiça decretou a prisão preventiva de mais três investigados. Entre eles, um integrante facção criminosa que permaneceu foragido de 2005 até 2024, quando acabou preso em outra investigação capitaneada pelo Gaeco de Campinas, a 90 quilômetros da capital paulista. Na ocasião, foram apreendidas armas de fogo, acessórios, munições, roupas camufladas e outros objetos comumente utilizados na prática de crimes ultraviolentos.

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Por conta dos elementos colhidos na primeira fase, em maio, o Ministério Público do Estado de São Paulo denunciou dezoito pessoas que se tornaram réus após o magistrado acolher as denúncias e, caso condenadas, cada uma deverá arcar com R$ 5 milhões a título de indenização por danos morais à coletividade.

A investigação teve início a partir de informações provenientes da tentativa de roubo a uma base de valores ocorrida em abril de 2023, na cidade de Confresa (MT), quando vários criminosos foram presos ou mortos no confronto com as forças de segurança. Um dele residia em São Paulo e integrava a facção criminosa.

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