🧱🧰 Varejo de material para construção cresce 2,5% e faturamento passa de R$ 200 bi
O faturamento do varejo de material para construção cresceu 2,5% em 2022. Ao todo, o setor fechou R$ 207,4 bilhões em vendas. Conforme o dado, superou as expectativas em um ano marcado por inflação, redução do poder de compra do brasileiro e com retração na indústria de materiais para construção.
Os dados são de acordo com o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), e a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco). Para 2023, a expectativa é que o faturamento do varejo nesse segmento aumente de 1% a 3%.
Ao Valor Econômico, o presidente da Anamaco, Geraldo Defalco, atribuiu o bom desempenho varejista às consequências da pandemia de Covid-19. “Ainda é resultado das pessoas em casa”.
Ele explica que a procura não caiu após a retomada da economia justamente porque muitos consumidores precisavam encerrar as obras iniciadas nos anos anteriores, em 2020 e 2021. Além do mais, a existência de um estoque garantiu aos lojistas preços mais competitivos, mesmo com uma indústria em retração.
Ao mesmo tempo, os pequenos negócios de construção civil lideraram a geração de emprego em 2022. Conforme o Sebrae, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (Cnae) apontam a abertura de 87,6 mil vagas.
O resultado supera os segmentos de restaurantes (68 mil), serviços de escritório (44 mil), lanchonetes (38,4 mil) e supermercados (36 mil).
Varejo de material para construção x Tendências para 2023
Para continuar crescendo, o varejo de materiais para construção deve investir mais em tecnologia e sustentabilidade. Um levantamento feito pela construtora JM Chueire mostra que uso de drones, softwares de gestão e a chamada “construção verde” são temas que devem ter cada vez mais relevância em obras e reformas no país.
“São recursos que ajudam a mapear a área, monitorar as obras, melhorar o planejamento e até identificar desperdícios que podem ajudar na redução de custo do projeto”, observou o engenheiro Paulo Cheire em reportagem publicada na Revista Empreende.
Portanto, os lojistas precisam buscar formas de atualizar o portfólio do PDV para atender as novas necessidades de consumo. Seja por meio da modernização das ferramentas de gestão da empresa (o que tem impacto direto no acompanhamento do estoque e na saúde financeira do negócio), seja disponibilizando novos produtos, como materiais menos danosos ao meio ambiente ou que gerem economia de água e energia. (Via Vitrine Varejo)
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