|🩸 Boletim traz municípios da Paraíba com números de novos casos de HIV e Aids em 2024

📸 © Cristine Rochol/PMPA
Na Paraíba entre os anos de 2020 a 2024 (até outubro) foram diagnosticados 4.047 casos de HIV destes 74,7% são do sexo masculino. No ano de 2024 foram diagnosticados 781 novos casos de HIV. Podemos observar que a taxa de detecção de HIV em adulto teve um aumento considerável do ano de 2020 que
foi 16,5 casos/100.000 habitantes para 21,1 casos/100.000 habitantes em 2021. VEJA O BOLETIM DETALHADO.
Em 2022 houve uma desaceleração no crescimento passando para 20,5 casos/100.000 habitantes e essa taxa vem oscilando entre os anos de 2023 e 2024.
Os Municípios de residência com maior número de casos novos de HIV registrados em 2024 foram:
Município de Residência Nº de casos
João Pessoa 406 casos
Campina Grande 52 casos
Bayeux 37 casos
Santa Rita 32 casos
Patos 19 casos
Cabedelo 15 casos
Cajazeiras 12 casos
Mamanguape 12 casos
Caaporã 9 casos
Jacaraú 9 casos
Alhandra 8 casos
Conde 8 casos
De 2020 a outubro de 2024, foram diagnosticados 1.608 casos de aids em adulto na Paraíba. O Estado registrou em 2023 (911) casos de aids e no ano de 2024 até o momento 781 casos registrados de aids, uma redução de 130 casos. Observa-se que as taxas de detecção de aids mostram um desaceleramento entre os anos de 2020 que foi de 8,1 casos/100.000 habitantes para 5,9 casos/100.000 habitantes no ano de 2024.
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Os Municípios de residência com maior número de casos novos de Aids registrados em 2024 foram:
Município de Residência Nº de casos
João Pessoa 98 casos
Campina Grande 17 casos
Santa Rita 16 casos
Bayeux 13 casos
Patos 12 casos
Mamanguape 7 casos
Conde 6 casos
De acordo com a distribuição de casos de aids por faixa etária no período de 2020 até outubro de 2024, temos a maior prevalência na faixa etária de 30 a 39 anos de idade com 29,8% dos casos diagnosticados.
Mortes
A quantidade de mortes decorrentes de Aids diminuiu neste ano em comparação com 2023. A Paraíba registrou uma queda de 11%, saindo de 162 óbitos no ano passado para 143 óbitos em 2024. O número representa um coeficiente de mortalidade de 3,5 óbitos por 100 mil habitantes.
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Prevenção e tratamento
De acordo com a gerente operacional de Condições Crônicas e IST da SES, Ivoneide Lucena, a principal via de infecção dos casos confirmados é a relação sexual sem preservativo. Ela reforça a importância da testagem para auxiliar no diagnóstico precoce e tratamento das ISTs. “Nós sabemos que muitas pessoas têm o HIV e não sabem que têm porque nunca procuram um serviço para fazer o teste. A gente orienta que, a cada seis meses, as pessoas busquem o serviço para realizar o teste, sobretudo se tiverem se submetido a alguma relação desprotegida, sem o uso de camisinha”, alerta Ivoneide, ao ressaltar que tanto os testes quanto o tratamento são oferecidos gratuitamente à população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Na Paraíba, 9.376 pessoas fazem o tratamento antirretroviral, cuja medicação é distribuída em 14 serviços de dispensação, disponíveis nas três macrorregiões de saúde do estado, sendo o Complexo de Doenças Infectocontagiosas Dr. Clementino Fraga, em João Pessoa, a principal referência da rede.
Segundo a médica infectologista da SES, Júlia Chaves, a adesão à terapia antirretroviral proporciona grandes benefícios individuais, como aumento da expectativa de vida e o não desenvolvimento de doenças oportunistas. Além disso, o tratamento traz a possibilidade de a pessoa com HIV tornar-se indetectável, reduzindo a possibilidade de transmissão do vírus pela via sexual.
“A profilaxia pré-exposição (PrEP) e a profilaxia pós-exposição (PEP) contribuem potencialmente para a qualidade de vida das pessoas. Elas possibilitam que quem teve contato com o vírus, se administradas adequadamente, não adquiram a infecção”, destaca a médica ao frisar que existem outras profilaxias que otimizam a prevenção contra o HIV/Aids e demais ISTs. “A pessoa pode usar uma profilaxia combinada, ou seja, utilizar o medicamento em conjunto com outros métodos, como o preservativo durante o ato sexual, por exemplo”, acrescenta.
Serviços de referência para HIV/Aids e outras ISTs na Paraíba:
- Complexo de Doenças Infectocontagiosas Dr. Clementino Fraga (João Pessoa)
- Serviço de Assistência Especializada e Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA) – João Pessoa
- SAE – Cabedelo
- SAE – Santa Rita
- SAE/CTA – Patos
- SAE/CTA – Campina Grande
- SAE – Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) – Campina Grande (via regulação)
|📸 © Bruno Cecim/Ag. Pará
Rádio Centro Cajazeiras