A Paraíba tem a 7ª menor proporção de pessoas que possuem plano de saúde do Brasil. Apenas cerca de 12,2% da população no estado – cerca de 488 mil pessoas – tem acesso ao serviço, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) feita em 2019 e divulgada nesta sexta-feira (4), pelo Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE).

O número também foi o 2º menor do Nordeste, atrás apenas do Maranhão (5%). Este serviço era mais comum entre brancos. Aproximadamente 17,8% das pessoas brancas tinham plano de saúde médico. Este número para pessoas pretas e pardas correspondem a 9,8% e 9%, respectivamente.

O nível de instrução tem grande influência sobre esse indicador. Enquanto 47,6% das pessoas com nível superior completo tinham plano de saúde médico, apenas 15,7% da população com o ensino médio concluído e o superior incompleto estava nessa mesma condição.

As proporções são ainda mais baixas entre aqueles com fundamental completo e médio incompleto, com 7,4% de participação e sem instrução e fundamental incompleto, onde apenas 5,4% possuem plano de saúde.

As mulheres usam mais o serviço: 12,9% tem acesso. Já os homens, apenas 11,4% possuem plano de saúde. A maior presença do uso está entre as faixas etárias de 40 a 59 anos, com 12,5% de participação, e de 60 anos ou mais, onde 14% utilizam.

Já o percentual da população paraibana que tinha plano de saúde odontológico foi de 7,9%, o 9º menor do país e o 3º menor do Nordeste.

Mais de 70% das pessoas que ficaram internadas por mais de 24 horas recorreram ao SUS

Cerca de 74,2% das pessoas que precisaram ficar internadas por mais de 24 horas na Paraíba recorreram a atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS ).O levantamento levou em consideração as internações que ocorreram nos 12 meses anteriores à data da entrevista e constatou que 5,1%da população paraibana ficou internada nesse período: cerca de 203 mil pessoas.

A pesquisa aponta que a internação através do SUS diminui conforme o aumento no rendimento domiciliar per capita. Os internados que não tinham rendimento ou ganhavam até um quarto do salário mínimo correspondem a 94,6% das internações.

O uso do sistema também foi mais comum entre as pessoas pardas no estado, com percentual de 82% das internações por mais de 24 horas. Pessoas pretas correspondem à 70,6% do total e as brancas, 64,5%.

Ainda segundo a pesquisa, cerca de 70,8% da população da Paraíba havia consultado médico nos 12 meses que antecederam a coleta.

Via G1PB

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