Acelerar vacinação dos profissionais de educação é condição para volta às aulas, avaliam especialistas – © Jansen Lube/Vitória-ES

O Brasil inverteu a lógica internacional de que fechar as escolas deve ser o último recurso na pandemia e tratou a educação com menos prioridade que serviços não essenciais. É o que defenderam especialistas em educação que participaram de audiência na comissão da covid-19.

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A estimativa é que 48 milhões de alunos tenham ficado sem aulas, gerando defasagem no aprendizado e impactos sociais e emocionais que só poderão ser minimizados com o retorno das aulas presenciais.

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Para o representante do Conselho Nacional dos Secretários de Educação, Ellen Gera, o país corre o risco de adiar a volta às aulas para 2022 se a educação não for priorizada no segundo semestre.

Perceba que as pessoas vão ao supermercado, elas vão a bares, elas vão às praias, já vão às festas… Tivemos um movimento todo eleitoral do ano passado com passeatas, carreatas, mas hoje existe um receio muito grande de se voltar ao chão da escola, num ambiente em que é possível, com disciplina, se manter protocolo, mas existe uma desconfiança. Essa desconfiança também passa por essa falta de convergência pública da prioridade desta política.

afirma Ellen Gera

Segundo o representante do Movimento todos pela Educação, Olavo Nogueira, em alguns estados, há baixa adesão dos municípios para a retomada das aulas, com ameaça de greves e judicialização.

Em maio, uma pesquisa do DataFolha indicou que para metade dos brasileiros as escolas deveriam permanecer fechadas até o fim da pandemia.

A diferença na estrutura entre as escolas públicas e privadas também foi ressaltada pelos debatedores. Enquanto mais de 80% dos estabelecimentos particulares têm ventilação adequada, o número cai para 46% nos municipais e estaduais. Já o tamanho da sala de aula é adequado em mais de 94% das privadas e em 71% das públicas. Há, ainda, 4.325 escolas sem banheiro no país. Segundo o secretário de Educação Básica, Mauro Luiz Rabelo, o Ministério tem promovido ações para estimular a retomada das aulas presenciais, como discussões sobre educação híbrida e cursos de Aperfeiçoamento em Educação e Tecnologia.

? © Seed-PR

Rádio Centro Cajazeiras

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