Setor de serviços na PB têm alta de 1,7%, mas há desaceleração do crescimento
O volume de serviços na Paraíba teve alta de 1,7% em junho, na comparação com maio, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (13). Embora o resultado seja positivo, aponta para uma desaceleração no crescimento frente ao observado em maio (4,6%), que interrompeu uma sequência de taxas negativas dos três meses anteriores.
O aumento observado em junho também foi um dos menores resultados do Nordeste, melhor apenas do que o registrado no estado de Sergipe, em que houve queda de 0,2%. A pesquisa aponta ainda que o percentual paraibano ficou abaixo da média brasileira, de 5%.
De acordo com o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, entre os 166 serviços investigados pela PMS, o segmento formado por restaurantes foi um dos que mais influenciaram a alta na média nacional. “Com as medidas de isolamento, muitos restaurantes estavam fechados, ainda que alguns estivessem funcionando por delivery. Com a flexibilização, ou seja, com o aumento do fluxo de pessoas nas cidades brasileiras, eles começaram a abrir e a receita do segmento voltou a crescer, impactando o volume de serviços de junho”, explicou.
A receita nominal do setor, na Paraíba, acompanhou o crescimento no volume de serviços e teve um acréscimo de 1,8%, frente a maio. No contexto do Nordeste, a variação paraibana ficou acima das verificadas em Sergipe (-0,1%), Alagoas (0,6%) e Rio Grande do Norte (1,7%). No cenário nacional, a alta foi de 2,5%.
Tendo em vista o comparativo com junho de 2019, quase todas as unidades da federação registraram quedas, com reduções de 20,8% no volume de serviços paraibano – a 7ª maior do país – e de 12,1% na média brasileira. Nessa análise, a receita nominal recuou 20,5%, no estado, e 12,1%, na média nacional.
No acumulado de 12 meses, o setor paraibano teve retração de 4,8% no volume de serviços e de 3,5% na receita nominal. Nacionalmente, os resultados são um pouco melhores, mas com variações também negativas, de -3,3% no volume e de -1,1% na receita.