📱 Após pressão, Shein pretende criar 100 mil empregos no Brasil e nacionalizar 85% das vendas
Os diretores da Shein se reuniram com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quinta (20). O encontro às pressas foi marcado após a polêmica em torno do reforço da fiscalização sobre produtos importados. A varejista de moda anunciou que pretende investir R$ 750 milhões no País e criar 100 mil empregos nos próximos três anos.
“Temos visto grande sucesso no Brasil desde nosso lançamento em 2020 e, com a crescente demanda dos consumidores, vimos a oportunidade de localizar mais a nossa cadeia de fornecimento para beneficiar os consumidores, as pequenas empresas e a economia em geral”, disse Marcelo Claure, chairman da Shein para a América Latina, em comunicado à imprensa.
Segundo a empresa de comércio eletrônico, com com as medidas de fomento a produção local e a estreia do marketplace para vendedores brasileiros, a expectativa é de que, até o final de 2026, cerca de 85% das vendas sejam locais.
“O Brasil é um mercado importante para nós, e estamos comprometidos em continuar a apoiar o crescimento econômico e o sucesso da Shein por todo o País. Nosso objetivo é apoiar os fabricantes e fornecedores brasileiros para que possam aumentar seu alcance e crescimento no Brasil, assim como agir como um bloco de construção para futuras oportunidades globais”, complementa Felipe Feistler, general manager da empresa no Brasil
LEIA MAIS
- Plano ambicioso de produzir 70% dos insumos do SUS deve impulsionar economia brasileira
- Mercado de marmitas gera quase 1 mil novos pequenos negócios na Paraíba em 2022
Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, o encontro foi solicitado pela empresa após o governo ensaiar o fim da isenção de impostos sobre a importação de produtos de até US$ 50. A medida vale apenas para pessoas físicas, mas existem suspeitas de que varejistas como a própria Shein utilizariam essas brecha para não pagarem tributos.
Haddad comemora parceria com Shein
Após a reunião, Haddad disse que recebeu uma carta formal com esses compromissos firmados pela Shein no Brasil. “Uma coisa para nós muito importante também é que vejam o Brasil não só apenas como mercado consumidor, mas como uma economia de produção”, afirmou o líder da equipe econômica.
Além de Fernando Haddad, o encontro contou com a participação de Josué Gomes da Silva, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Segundo o ministro, a empresa aderiu ao plano de conformidade com a Receita Federal.
“Estão dispostos a fazer aquilo que for necessário para normalizar as relações com o Ministério da Fazenda. Segundo eles, se a regra valer para todo mundo, absorverão os custos dessa conformidade”, completou Haddad ao comentar sobre a reunião com a Shein. Com informações de Estadão Conteúdo.
📸 © NeoFeed
Rádio Centro Cajazeiras