|🍂 Seca se intensifica no Centro-Oeste e fica mais branda no Nordeste, Norte e Sudeste
Mapas dezembro de 2023 e janeiro de 2024
Entre dezembro e janeiro, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em nove unidades da Federação, conforme a última atualização do Monitor de Secas: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Mato Grosso, Minas Gerais, Piauí e Sergipe. Em nove estados a seca ficou mais intensa no período: Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Roraima e Tocantins. A seca ficou estável, em termos de severidade, em seis estados: Amapá, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia e São Paulo. Já no Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina não houve registro do fenômeno.
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Seca por grau de severidade por unidade da Federação
Considerando as cinco regiões geopolíticas acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Sul registrou a melhor condição com seus três estados livres de seca em janeiro. O Centro-Oeste teve a maior intensidade do fenômeno com o registro de seca excepcional em 1% da região, sendo essa a maior severidade da escala do Monitor, assim como o maior percentual de área com seca no último mês: 94%. Nos casos do Nordeste, Norte e Sudeste houve um abrandamento do fenômeno entre dezembro e janeiro.Percentual de seca por região entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024
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Na comparação entre dezembro e janeiro, quatro estados registraram diminuição da área com seca: Amapá, Bahia, Pará e Piauí. Por outro lado, em dois estados houve o aumento da área com o fenômeno: Minas Gerais e São Paulo. Em outras 18 unidades da Federação, a área com o fenômeno se manteve estável: Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins. Já no Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina permaneceram sem o registro de seca em janeiro.Percentual de seca por unidade da Federação entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Doze unidades da Federação registraram seca em 100% do território em janeiro deste ano: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins. Para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação que registraram área com seca, os percentuais variaram de 23% a 98%. Percentual de área com seca em janeiro de 2024
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SULeNORTE.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de janeiro, seguido por Pará, Mato Grosso, Bahia e Minas Gerais. No total, entre dezembro e janeiro, a área com o fenômeno caiu de 7,35 milhões para 7,21 milhões de km², o equivalente a 85% do território brasileiro. Área com seca em janeiro de 2024 por km²
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SULeNORTE.
Situação por UF
UF | ÁREA | SEVERIDADE DA SECA |
Acre | A área com seca no Acre se manteve em 100% do território do estado entre setembro e janeiro. É a primeira vez que o Acre registra cinco meses consecutivos com seca na totalidade de seu território desde sua entrada no Mapa do Monitor em novembro de 2022 | Em termos de severidade, o fenômeno se abrandou no Acre entre dezembro e janeiro. Nesse período a área com seca extrema diminuiu de 8% para 1% do estado, sendo a condição mais branda do fenômeno no Acre desde setembro de 2023, quando não houve seca extrema no estado |
Alagoas | Entre dezembro e janeiro, a área com seca em Alagoas se manteve em 58% do estado. Esta é a maior área com seca em Alagoas desde novembro de 2021, quando houve seca em 72% do território alagoano. Por outro lado, o estado teve o menor percentual de área com seca entre os estados nordestinos | A seca se abrandou em Alagoas entre dezembro e janeiro com o desaparecimento de seca grave no estado. Em janeiro o estado teve sua condição mais branda desde outubro de 2023, quando também houve seca moderada em 31% de Alagoas. O estado também teve a condição mais branda entre os estados nordestinos em janeiro de 2024 |
Amapá | Entre dezembro e janeiro, o Amapá teve uma redução na área com seca de 45% para 23% do estado | A severidade do fenômeno se manteve estável no Amapá entre dezembro e janeiro somente com o registro de seca fraca. Em janeiro o estado teve a condição mais branda de seca entre os estados do Norte |
Amazonas | O Amazonas se manteve com seca em 100% de seu território entre novembro e janeiro. É a primeira vez que o estado registra seca em sua totalidade por três meses consecutivos desde sua entrada no Mapa do Monitor em dezembro de 2022 | Entre dezembro e janeiro, houve um abrandamento da seca no Amazonas com o recuo da seca extrema de 15% para 9% do estado. Ainda assim, é a condição mais branda no estado desde outubro de 2023, quando houve seca extrema em 8% do Amazonas |
Bahia | A área com seca se diminuiu de 100% para 99% da Bahia entre dezembro e janeiro. Esta é a primeira vez que o estado registra áreas livres de seca desde setembro de 2023 | O fenômeno se abrandou no estado com o desaparecimento da área com seca extrema. Esta é a condição mais branda do fenômeno na Bahia desde outubro de 2023. Por outro lado, a Bahia registrou a maior severidade do fenômeno entre os estados do Nordeste em janeiro com seca grave em 21% de seu território |
Ceará | O Ceará se manteve com seca em 100% de seu território entre outubro e janeiro. É a primeira vez que o estado registra seca em sua totalidade por quatro meses seguidos desde o período entre julho e outubro de 2021 | A seca se intensificou no Ceará entre dezembro e janeiro com o surgimento de seca grave em 2% do território cearense. Esta é a condição mais severa do fenômeno no território cearense desde janeiro de 2020, quando houve seca grave em 28% do estado |
Distrito Federal | Entre novembro e janeiro, a área com seca se manteve em 100% do Distrito Federal. É a primeira vez que o DF registra seca na totalidade por três meses consecutivos desde o período entre maio e julho de 2023. Em janeiro o DF e Goiás foram as unidades da Federação com o maior percentual de área com seca no Centro-Oeste | O DF registrou o abrandamento da seca entre dezembro e janeiro com o desaparecimento da seca moderada em seu território. É a menor severidade do fenômeno no Distrito Federal desde outubro de 2023, quando houve somente seca fraca no DF. Também é a condição mais branda do Centro-Oeste em janeiro |
Espírito Santo | Entre novembro e janeiro, a área com seca no Espírito Santo se manteve em 100% de seu território. Desde o período entre setembro e novembro de 2022, é a primeira vez que o estado registrou seca em sua totalidade por três meses consecutivos. Em janeiro, o Espírito Santo teve o maior percentual de área com seca entre os estados do Sudeste | O Espírito Santo se manteve com seca moderada e fraca respectivamente em 41% e 59% do território capixaba entre dezembro e janeiro. Esta é a condição mais severa do fenômeno no estado desde novembro de 2022, quando houve seca moderada em 50% do Espírito Santo. Também é a condição mais severa entre os estados do Sudeste em janeiro |
Goiás | Goiás se manteve com seca em 100% de seu território entre dezembro e janeiro. É a maior área com seca no estado desde outubro de 2022: 100%. Em janeiro o DF e Goiás foram as unidades da Federação com o maior percentual de área com seca no Centro-Oeste | A seca se intensificou em Goiás entre dezembro e janeiro com o aumento da área com seca grave de 2% para 9% do território goiano. Esta é a condição mais severa de seca em Goiás desde julho de 2023, quando houve seca grave em 20% do estado |
Maranhão | Entre novembro e janeiro, o Maranhão se manteve com seca em 97% do estado. É a maior área com seca no estado desde janeiro de 2018: 100% | O fenômeno se intensificou no Maranhão, entre dezembro e janeiro, com o avanço da seca grave de 1% para 13% do território maranhense. É a condição mais severa desde setembro de 2018, quando houve seca grave em 22% do estado |
Mato Grosso | A área com seca se manteve em 99% de Mato Grosso entre novembro e janeiro. É a maior área com seca no estado desde agosto de 2021, quando houve seca em 100% do território mato-grossense | Houve um leve abrandamento do fenômeno em Mato Grosso entre dezembro e janeiro com a diminuição da área com seca moderada de 67% para 60% do estado. Com seca excepcional em 2% e seca extrema em 4% de seu território, Mato Grosso teve a maior severidade de seca em janeiro entre as 27 unidades da Federação |
Mato Grosso do Sul | Em Mato Grosso do Sul a seca se manteve no patamar de 75% do estado entre dezembro e janeiro. É a maior área com seca em MS desde setembro de 2022: 86%. Por outro lado, o estado teve o menor percentual de área com seca do Centro-Oeste em janeiro | A seca se intensificou em Mato Grosso do Sul entre dezembro e janeiro com o aumento da área com seca moderada de 9% para 17% do estado. É a condição mais severa no estado desde abril de 2023, quando houve seca grave em 1% de MS |
Minas Gerais | Entre dezembro e janeiro, Minas Gerais registrou um aumento da área com seca de 82% para 89% de seu território. É a maior área com seca no estado desde novembro de 2022, quando houve o fenômeno em 95% do território mineiro | O fenômeno se abrandou em Minas Gerais entre dezembro e janeiro com a diminuição da seca moderada de 36% para 21% do estado |
Pará | Diminuição da área com seca de 98% para 84% do Pará entre dezembro e janeiro. É a menor área com o registro do fenômeno no território paraense desde setembro de 2023, quando houve seca em 72% do estado | Entre dezembro e janeiro, a seca se intensificou no Pará com o aumento da área de seca grave de 1% para 8% do estado nesse período. É a maior severidade do fenômeno no Pará desde sua entrada no Mapa do Monitor em abril de 2023 |
Paraíba | A área com seca na Paraíba se manteve em 83% do estado entre dezembro e janeiro | Entre dezembro e janeiro, a Paraíba registrou a intensificação da seca em seu território com o surgimento de área com seca grave em 1% do estado. É a maior intensidade da seca na Paraíba desde abril de 2022, quando foi registrada seca grave em 24% estado |
Paraná | Entre outubro e janeiro, o Paraná se manteve livre de seca, assim como o Rio Grande do Sul e Santa Catarina | Entre outubro e janeiro, o Paraná se manteve livre de seca. A condição do estado é a melhor do Brasil em janeiro juntamente com o Rio Grande do Sul e Santa Catarina |
Pernambuco | Pernambuco se manteve com seca em 84% de seu território entre outubro e janeiro. É a maior área com seca no estado desde abril de 2022, quando houve seca em 85% do estado | A seca se intensificou em Pernambuco entre dezembro e janeiro com o aumento da área de seca grave de 3% para 11% do estado. Essa é a condição de seca mais severa no estado desde outubro de 2021, quando houve seca grave em 27% do estado |
Piauí | Entre dezembro e janeiro, a área com seca diminuiu de 100% para 73% do Piauí. É a menor área com o fenômeno no estado desde maio de 2023, quando houve seca em 29% do estado | O Piauí registrou o abrandamento da seca entre dezembro e janeiro com a diminuição da área com seca grave de 14% para 3% do território piauiense |
Rio de Janeiro | No território fluminense a seca se manteve no patamar de 42% do estado entre dezembro e janeiro. Esta é a maior área com registro do fenômeno no Estado do Rio de Janeiro desde julho de 2023, quando houve seca em 70% de seu território. Por outro lado, o estado possui o menor percentual de área com seca no Sudeste em janeiro | A intensidade da seca no Estado do Rio de Janeiro se manteve estável entre novembro e dezembro com o registro somente de seca fraca, que é a mais branda na escala do Monitor. É a condição mais branda dentre os estados do Sudeste em janeiro |
Rio Grande do Norte | A seca se manteve em 93% do território do Rio Grande do Norte entre dezembro e janeiro. É a menor área com seca no estado desde setembro de 2023, quando houve seca em 94% do território potiguar | Em termos de severidade, houve a estabilidade da seca no Rio Grande do Norte entre novembro e janeiro com o registro de áreas com seca fraca e moderada, as duas mais brandas na escala do Monitor. Por outro lado, essa é a condição mais severa do fenômeno no estado desde abril de 2022, quando houve registro de seca grave em 6% do território potiguar |
Rio Grande do Sul | O Rio Grande do Sul se manteve livre de seca entre outubro e janeiro, bem como o Paraná e Santa Catarina | O Rio Grande do Sul se manteve livre de seca entre outubro e janeiro. A condição do estado é a melhor do Brasil em janeiro juntamente com o Paraná e Santa Catarina |
Rondônia | A seca se manteve em 100% de Rondônia entre outubro e janeiro. Desde a entrada do estado no Mapa do Monitor, em agosto de 2022, é a primeira vez que Rondônia registra seca na totalidade de seu território em quatro meses consecutivos | Entre dezembro e janeiro, a intensidade da seca se manteve estável em Rondônia com o registro de todas as categorias de seca da escala do Monitor: fraca, moderada, grave, extrema e excepcional. A condição é a mais severa do fenômeno em Rondônia desde agosto de 2022 e a mais severa dentre os estados do Norte em janeiro |
Roraima | Roraima entrou no Mapa do Monitor em novembro de 2023. Entre novembro e janeiro, Roraima registrou seca em 100% de seu território | Entre dezembro e janeiro, Roraima registrou a intensificação da seca com o avanço significativo da seca grave de 37% para 64% de seu território. É a condição mais severa desde novembro de 2023 |
Santa Catarina | Entre setembro e janeiro, Santa Catarina manteve livre de seca. Em janeiro o estado esteve junto com o Paraná e o Rio Grande do Sul como os únicos do Brasil livres de seca | Entre setembro e janeiro, Santa Catarina se manteve livre de seca. A condição do estado é a melhor do Brasil em janeiro juntamente com o Paraná e o Rio Grande do Sul |
São Paulo | O Estado de São Paulo teve um aumento da área com seca de 20% para 57% de seu território entre dezembro e janeiro. Essa é a maior área com o fenômeno desde fevereiro de 2023, quando houve seca em 63% do estado | A intensidade da seca se manteve em São Paulo somente com o registro de seca fraca no estado entre dezembro e janeiro |
Sergipe | Entre novembro e janeiro, a área com seca se manteve em 100% de Sergipe. É a primeira vez que o estado registra três meses consecutivos com seca em sua totalidade desde o período de dezembro de 2021 a fevereiro de 2022 | Sergipe registrou um abrandamento da seca entre dezembro e janeiro com o desaparecimento da área com seca grave no estado. É a condição mais branda da seca em Sergipe desde setembro de 2023, quando houve seca moderada em 18% do estado |
Tocantins | Tocantins se manteve com seca em 100% de seu território entre novembro e janeiro. Desde o período entre agosto e outubro de 2021, é a primeira vez que Tocantins registra três meses consecutivos de seca na totalidade do estado | O fenômeno se intensificou em Tocantins entre dezembro e janeiro com o aumento da área com seca grave de 14% para 19% do estado. É a condição mais severa da seca no estado desde novembro de 2021, quando houve seca grave em 22% de Tocantins |
O Monitor de Secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 26 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido, sendo que o processo de expansão dessa iniciativa foi concluído com a entrada do Amapá no Mapa do Monitor de dezembro de 2023.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
|📸 © Alexandre Cruz Noronha/Amazônia Real via Fotos Públicas
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