Especialistas recomendam criar uma Agência Nacional de Segurança Digital no Brasil para fortalecer a defesa cibernética, seguindo tendências de países como EUA e Austrália 📸 © Rgaymon/Pixabay

Os riscos internacionais em segurança cibernética e a importância de se criar uma agência nacional de segurança digital no Brasil foram temas de audiência pública da Subcomissão de Defesa Cibernética do Senado. O colegiado permanente criado em 2023 para acompanhar a política pública relacionada à defesa cibernética, é presidido pelo senador Esperidião Amin, do Progressistas de Santa Catarina, e faz parte da Comissão de Relações Exteriores.

Especialista em segurança cibernética do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Santiago Paz chamou atenção para o cenário de risco cibernético no Brasil e no mundo:

(Santiago Paz) “O Fórum Econômico Mundial considera o risco cibernético um dos dez maiores riscos do mundo. Uma vez depois da pandemia, a quantidade de incidentes no ano foi duplicada nos últimos quatro anos e isso está muito relacionado com o aumento da transformação digital. Todos os governos, todas as empresas tiveram que fazer uma transformação digital muito grande. A exposição cresceu: mais ataques.”

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Santiago Paz afirmou que alguns países da Europa, os Estados Unidos e a Austrália investem anualmente em agências de cibersegurança entre vinte e duzentos milhões de dólares, com quadros de funcionários que variam de 150 a 800 pessoas. O investimento na área foi considerado essencial para o Brasil, conforme avaliação do diretor de Segurança da Informação do Google, Jorge Blanco, que você ouve em tradução simultânea:

(Jorge Blanco) “Na medida em que o Brasil continua crescer em significância econômica e geopolítica vai permanecer um alvo para vários atores com diversas motivações. Esse cenário é uma arena complexa, desenvolvido e expandido ao longo dos anos pela convergência de ameaças globais e locais. Para efetivamente salvaguardar as empresas e os usuários brasileiros é importante ter uma tendência proativa para a cibersegurança.”

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Chefe da área de setor público da Cloudfare, empresa dos Estados Unidos que oferece rede de distribuição de conteúdo, serviços de segurança da internet e de servidor, Paulo Manzato apontou a importância da cooperação entre o poder público e o setor privado para assegurar proteção contra crimes cibernéticos:

(Paulo Manzato) “A complexidade e a sofisticação dos ataques cibernéticos exigem uma abordagem colaborativa para garantir uma defesa eficaz para governos, empresas e indivíduos em todo o mundo. A cooperação é essencial para enfrentar esses desafios de forma eficiente.”

Também participaram da audiência representantes da Agência Americana de Cibersegurança e Infraestrutura e de outras empresas do setor e de advocacia. Da Rádio Senado, Janaína Araújo.

|📸 © Mikhail Nilov/Pexels

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