O Amapá entra nesta sexta-feira (6) no 4º dia de apagão em 13 dos 16 municípios do estado. Quase 90% da população (cerca de 765 mil pessoas) está há 60 horas sem energia elétrica. Mesmo com o início do trabalho de reparo na subestação atingida por um incêndio, na noite de terça-feira (3), ainda não houve restabelecimento do serviço.

O gabinete de crise do governo federal lançou três planos para a recuperar o fornecimento de energia; parcialmente o serviço deve ser retomado. A previsão é que o problema seja solucionado em até 10 dias.

Principais impactos do apagão para a população:

  • Falta de energia em 13 dos 16 municípios, incluindo todos da região metropolitana. Em Macapá, só há energia em serviços essenciais, como hospitais
  • Falta água encanada, água mineral e gelo
  • Internet e serviços de telefonia quase não funcionam
  • Maioria dos postos de gasolina não tem gerador e não consegue operar
  • Caixas eletrônicos e máquinas de cartão não funcionam, então as pessoas não conseguem fazer compras

Planos do governo federal

Na quinta-feira (5) o Ministério de Minas e Energia (MME) – que criou um gabinete de crise para acompanhar as ações que visam resolver o problema no Amapá – divulgou o plano para retomada do fornecimento no estado, com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), que consiste em três etapas:

  1. recuperação de um dos transformadores queimados, com purificação de óleo e que pode restabelecer cerca de 70% da energia do Amapá ainda nesta sexta-feira;
  2. mobilizar a logística para Macapá de dois transformadores, de quase 100 toneladas cada, um do município de Laranjal do Jari, e outro de Boa Vista, capital de Roraima;
  3. e o transporte de 4 geradores de energia, originais do Amazonas, para suprir eventuais necessidades de atividades essenciais durante a recuperação da eletricidade no estado.

O MME informou que os três transformadores da subestação que pegou fogo ficaram comprometidos e que não houve a possibilidade de remanejamento, substituição ou reaproveitamento de peças, o que impossibilitou o reparo das máquinas e inviabilizou religamento da estação.

Em uma rede social, o presidente do Congresso Nacional e também senador pelo Amapá, Davi Alcolumbre (DEM) declarou que a energia deve ser retomada em 70% do estado ainda nesta sexta-feira.

“A minha total prioridade é resolver o grave problema que atinge o povo do meu Amapá. É grande a probabilidade de que, ainda hoje, 70%da energia seja restabelecida”, declarou.

Problemas pela cidade

Postos de combustíveis que usam geradores para obter energia estão com filas enormes desde as primeiras horas da manhã. Na quinta-feira (5), eles foram autorizados a ficarem abertos por 24 horas. Até o momento, não há informações sobre desabastecimento do produto.

As filas também são registradas em supermercados e locais de revenda de água, principalmente na capital Macapá, que concentra 60% da população do estado.

Moradores de conjunto habitacional em Macapá em busca de água — Foto: Márcia Serrano/CBN Amazônia

Moradores de conjunto habitacional em Macapá em busca de água — Foto: Márcia Serrano/CBN Amazônia

Na quinta-feira (5), a prefeitura decretou estado de calamidade pública em Macapá. Nesta sexta, foi a vez do Estado decretar estado de emergência.

Donos de padarias e supermercados já preveem o prejuízo com alimentos estragados devido à falta de refrigeração. Além disso, macapaenses vêm ocupando shoppings e aeroporto em busca de energia.

Alguns bairros da capital – no Centro e Zona Sul – e no município de Santana, na Região Metropolitana, têm energia. Essas regiões são abastecidas pelos mesmos circuitos de serviços essenciais como hospitais e o sistema de tratamento de água e esgoto. Mesmo assim, os locais têm oscilação no serviço.

Apagão no Amapá provoca filas em postos de combustível  — Foto: John Pacheco/G1

Apagão no Amapá provoca filas em postos de combustível — Foto: John Pacheco/G1

Apagão começou na terça

O apagão foi resultado de um incêndio em uma subestação de energia na capital, na noite de terça-feira (3).

A falha afeta o funcionamento das redes de telefonia fixo, móvel e de internet, que funcionam de maneira limitada. Hospitais passaram a depender de geradores.

Via G1

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