A perda da infância e o abandono escolar não são os únicos prejuízos para crianças e adolescentes que trabalham. O trabalho infantil também causa acidentes graves e pode até matar.

O alerta é do Ministério Público do Trabalho. Segundo o MPT, Entre 2007 e 2019, o trabalho infantil provocou 46.507 acidentes. Quase 28 mil acidentes graves, 279 deles fatais.

Os dados, retirados do Sinan, Sistema de Notificação do Ministério da Saúde, também revelam que 705 crianças e adolescentes tiveram algum membro amputado por causa de acidentes de trabalho nestes 12 anos.

A procuradora Ana Maria Villa Real, coordenadora nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente do MPT, destaca o que pode parecer óbvio: crianças e adolescentes são mais vulneráveis aos riscos de acidente de trabalho.

Aos 14 anos, Cintia Braga perdeu a mão e parte do antebraço esquerdo após um acidente, enquanto operava o moedor de carne industrial da fábrica de salgados em que trabalhava.

O caso de Cíntia é uma das histórias verídicas veiculadas a partir desta terça-feira nas redes sociais e nas rádios do país pelo Ministério Público do Trabalho.

Para Ana Maria Villa Real, ver o trabalho de crianças e adolescentes como algo edificante, que enobrece, revela incompreensão do que significa essa atividade. Por isso, segundo a procuradora, a campanha deste ano lembra que viver a infância plenamente não é um privilégio, é um direito, e que todas “as infâncias” têm o mesmo valor.

As denúncias de trabalho infantil podem ser feitas ao Conselho Tutelar, no site do Ministério Público do Trabalho, secretarias de Assistência Social, delegacias do trabalho e em disque-denúncias, como o disque 100.

Via Agência Brasil

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