Ocasal carioca alvo de operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) nessa terça-feira (15/9), suspeito de comprar e vender bebês Brasil afora, apagou as provas das transações ocorridas via celular, na tentativa de tentar atrapalhar a investigação conduzida pela 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá).

Uma jovem do DF, moradora do Paranoá, teria sido aliciada pelo casal. Grávida, ela mantinha contato com os cariocas, negociando a venda do próprio filho, segundo os investigadores.

O aparelho celular da gestante teve o conteúdo deletado remotamente, por meio de software usado para acessar o aparelho mesmo que de longe. Nenhuma mensagem foi encontrada pelos policiais do DF.

O caso veio à tona quando o companheiro da grávida brasiliense, que não teve a identidade divulgada pela PCDF, procurou a polícia para denunciar a suposta transação.

Os investigadores descobriram que os suspeitos, moradores da Região dos Lagos, teriam comprado passagens de avião para a gestante e mantinham contato frequente com ela. A mulher chegou a passar um mês na residência dos investigados. Ciente do ocorrido, a Justiça do DF determinou o uso de tornozeleira eletrônica pela jovem.

Nessa terça-feira (15/9), os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão na casa do militar da Marinha, no Rio de Janeiro, um dos integrantes do esquema. Durante a operação, além de documentos, computadores e celulares, os investigadores se depararam com outras duas crianças na casa do suspeito, entre elas um bebê, de 2 meses.

Os menores estavam registrados em nome do militar, identificado até então apenas como Vitor Hugo. A mulher do suspeito também estava no local e foi levada para prestar esclarecimentos à polícia. Segundo ela, o marido mantinha relacionamentos extraconjugais e acabava cuidando das crianças, que seriam filhos dele.

Há indícios de que Victor Hugo e a mulher aliciavam as mães por meio de um site de “adoção”. Contudo, quando o casal descobriu que era alvo de diligência policial, mudou as páginas na web, transformando-as em site de adoção de animais. Ambos são proprietários de canil e de pet shop.

Outro lado

Em nota, a Marinha afirmou que o militar investigado será alvo de procedimento interno. A força de segurança disse, ainda, que “prestará toda a cooperação aos órgãos envolvidos na investigação”.

“A Marinha do Brasil reitera seu firme repúdio a condutas e atos ilegais que atentem contra a vida, a honra e os princípios militares”, finalizou.

Via Metrópoles

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