O número de famílias endividadas no país registrou alta pelo quinto mês consecutivo, alcançando, em abril, 67,5%, o que representa um recorde histórico. O aumento ficou em 0,2 ponto percentual se comparado com o mês anterior e, 0,9, no confronto com igual período do ano passado. 

Os dados são da Pesquisa Endividamento e Inadimplência do Consumidor divulgada, nesta terça-feira (4), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Para a CNC, o resultado já era esperado, considerando os impactos da pandemia de covid-19 sobre a renda dos consumidores.

Apesar da alta no endividamento, a pesquisa aponta queda na inadimplência pelo oitavo mês consecutivo. Os endividados que informaram contas em atraso somaram 24,2% em abril, abaixo dos 24,4% registrados em março.

A mesma tendência foi observada no número de famílias endividadas sem condição de quitar dívidas. Elas representaram 10,4% dos pesquisados na edição de abril, índice ligeiramente abaixo do registrado no mês anterior e no quarto mês de 2020.

A economista da CNC, Izis Ferreira, responsável pela pesquisa, cita as incertezas relacionadas à crise provocada pelo novo coronavírus e ao mercado de trabalho, bem como a retomada do auxílio emergencial em menor valor, como fatores que contribuíram para o resultado de abril. 

A pesquisa da CNC indica que o cartão de crédito segue como principal vilão do endividamento. A modalidade foi cotada por 80,9% das famílias com dívidas, um novo recorde. Em segundo lugar aparece o cheque especial, seguido do crédito consignado.

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Rádio Centro Cajazeiras via Agência Brasil

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