? 28% dos empreendedores têm dívidas ou empréstimos em atraso
Uma pesquisa realizada pelo Sebrae, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), constatou que 28% dos empreendedores paraibanos possuem dívidas ou empréstimos em atraso. Além disso, outros 47% afirmaram também possuir dívidas e empréstimos ativos, mas com os pagamentos em dia. Já 25% informaram que não possuem empréstimos ou dívidas.
Os dados são da oitava edição do relatório “O Impacto da Pandemia de Coronavírus nos Pequenos Negócios”, divulgado nesta sexta-feira (30). O levantamento foi feito de 28 de setembro a 1º de outubro e ouviu 57 pessoas, entre microempreendedores individuais (MEI), donos de microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP).
A pesquisa revelou também que 81% dos empreendedores ouvidos precisou realizar mudanças em suas empresas para funcionar durante a crise instaurada na pandemia de coronavírus, enquanto 15% continuam funcionando da mesma forma como atuavam antes da pandemia. Os outros 4% relataram que, diante da crise, decidiram encerrar as atividades da empresa.
Sebrae e FGV perguntaram, ainda, sobre possíveis novidades e inovações adotadas após o início da pandemia. A maioria dos entrevistados, 55%, não lançou nem iniciou a comercialização de novos produtos ou serviços, enquanto 45% dos entrevistados aproveitaram o momento para inovar e lançar novidades, em busca de atrair os clientes e movimentar as vendas.
A analista técnica do Sebrae Paraíba, Márcia Timótheo, destaca que o planejamento é fundamental para que os empresários não sejam surpreendidos por um descompasso nas finanças do negócio.
“É fundamental que os empreendedores estejam atentos para manter o equilíbrio financeiro, sabendo como circulam os recursos na empresa e a importância do fluxo de caixa para a eficiência na gestão do negócio. Além disso, é necessário ter uma projeção financeira realista, principalmente no momento atual, avaliando as futuras receitas e despesas. Em resumo, montar o planejamento do negócio e o planejamento doméstico do empreendedor é de grande relevância, uma vez que para a maioria dos empresários de pequenos negócios a fonte de recursos vem da empresa”, explica.