Fechadas por quase seis meses devido à pandemia do coronavírus, escolas públicas e particulares do estado de São Paulo podem reabrir as portas a partir de hoje para a realização de atividades presenciais de reforço e acolhimento dos estudantes. Não são permitidas atividades curriculares, como aulas —cuja retomada está prevista para outubro.

A possibilidade de reabertura parcial das unidades escolares acontece em meio a protestos dos sindicatos de professores, que foram à Justiça para pedir que a retomada das atividades presenciais permaneça suspensa durante todo o período da pandemia, e à baixa adesão dos prefeitos ao plano do estado.

Segundo a secretaria estadual de Educação, 128 dos 645 municípios do estado (cerca de 19,8%) planejam abrir as escolas em setembro. A secretaria não informou quais cidades compõem a lista e nem os critérios utilizados para chegar a este número.

O governo João Doria (PSDB) publicou na semana passada uma resolução que estabelece diretrizes para a volta das atividades presenciais. As determinações, que valem para as redes pública e privada, estabelecem que devem ser priorizados para o retorno os alunos do 1º, 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental, além do 3º ano do médio.

Também fica estabelecido o “fechamento” de uma turma por 14 dias caso um aluno teste positivo para a covid-19 e a separação dos alunos em grupos fixos para os recreios (veja mais abaixo). Para esta fase de retomada das atividades, deve ser respeitado um limite de 35% da capacidade total de alunos nas unidades escolares. Na rede estadual, o limite será de 20%.

Protocolos do estado e das prefeituras

Estão autorizadas a abrir apenas as escolas de regiões que estejam há mais de 28 dias na fase amarela do Plano São Paulo, o plano de flexibilização da economia no estado. Há cidades, no entanto, que se encaixam neste critério e que decidiram não permitir a reabertura das escolas.

Isso porque, após a definição de diretrizes e da autorização por parte do estado, a reabertura depende de protocolos municipais —que podem ou não ser mais restritivos do que o que foi estabelecido pela gestão estadual.

É o caso da capital paulista, que descartou a retomada parcial das atividades nas escolas públicas e particulares em setembro e ainda avalia se as aulas voltarão em 2020 ou apenas em 2021. A decisão foi tomada pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) com base nos resultados da primeira fase de um inquérito sorológico realizado com alunos da rede municipal.

Via Uol

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.

Participe de nossa Programação!