No 11º dia de apagão no Amapá, moradores de diversos bairros de Macapá, capital do estado, seguem indo às ruas protestando pelo retorno integral do serviço e criticando a falta de cumprimento dos horários do rodízio, que estabelece o fornecimento em períodos alternados de 3 e 4 horas.

Na noite desta quinta-feira (12), alguns dos atos se concentraram na Zona Norte, com queima de pneus, madeira e interrupção de vias. Desde a sexta-feira (6), a Polícia Militar (PM) contabilizou cerca de 80 atos em todo o estado, principalmente na capital e Santana.

Um dos atos registrados nesta noite foi na BR-210, em frente aos bairros Boné Azul e Açaí. Sob chuva e no escuro, a única iluminação do local era dos carros que passavam pelo trecho.

Ato interditou parcialmente a BR-210 na Zona Norte de Macapá — Foto: Rede Amazônica/Reprodução

Ato interditou parcialmente a BR-210 na Zona Norte de Macapá — Foto: Rede Amazônica/Reprodução

Entre os participantes, a reclamação era a exaustão pelos problemas físicos e psicológicos causados pela interrupção constante e não programada da energia. Para a dona de casa Maria Zilnete, o sentimento é de revolta.

“Estamos no protesto em prol do retorno da nossa energia. Estamos há dias sofrendo, é jovem, adolescente, idoso, deficiente. Não dá mais para aguentar, esse é o motivo que nos traz até aqui. A gente paga tão caro, a população está sofrendo muito. Dói na alma”, lamenta.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a PM atuaram na desmobilização da manifestação, que limitou parte da via e aconteceu de forma pacífica.

PRF atuou em protesto que limitou tráfego na BR-210 — Foto: Rede Amazônica/Reprodução

PRF atuou em protesto que limitou tráfego na BR-210 — Foto: Rede Amazônica/Reprodução

No bairro Brasil Novo, também na Zona Norte, os atos se concentraram na Rua Laranjeira, onde a população tacou fogo em pneus e pedaços de madeira na rua, interrompendo o tráfego.

“A minha rua está assim porque estamos sem luz há 4 dias. Toda vez que chega no nosso horário [do rodízio] o nosso transformador estoura e ficamos sem energia. A gente solicita reparo e nos informam que a demanda está grande”, criticou uma moradora, que preferiu não se identificar.

Crise no fornecimento

A crise no abastecimento de energia começou na noite do dia 3 de novembro, após um incêndio atingir a principal subestação do estado. Os habitantes ficaram totalmente sem eletricidade até sábado (7), quando começou o rodízio.

Bairros e regiões no entorno de hospitais e de serviços essenciais em Macapá e Santana seguem com o fornecimento por 24 horas. Nas outras regiões, o fornecimento é diferente entre os dias ímpares e pares.

A mudança acontece depois que 80% do estado passou a receber a energia. Desde que o rodízio foi instituído, os moradores reclamam de falhas no atendimento nos horários previstos pelo governo.

Moradores da capital do Amapá, em Macapá, fazem protestos  — Foto: Maksuel Martins/Estadão Conteúdo

Via G1/AP

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