Mesmo após leis específicas, feminicídio continua em alta no país 📸 © Pexels

Pesquisa da Universidade Estadual de Maringá, no Paraná, mostra que as taxas de feminicídio continuam altas no país, mesmo após a implantação das leis Maria da Penha, em 2006, e do Feminicídio, em 2015.

Por um lado, a taxa nacional de feminicídio de caiu de 6,15 casos a cada 100 mil, em 2000, para 5 casos a cada 100 mil, em 2019. No entanto, nas regiões norte e nordeste, essa taxa subiu de 5,54 e 5,05 casos para 8,74 e 6,92 casos, respectivamente.

Para a pesquisadora Marcia Morokoski, a manutenção das altas taxas de feminicídio entre mulheres de regiões mais pobres mostram que a vulnerabilidade social mantém situação de vulnerabilidade da mulher diante da violência. Além disso, a pesquisadora pontua que as dificuldades das vítimas se reconhecerem em uma situação de violência.

Para Morokoski, muito além de mudanças na lei e penas mais severas, é necessário uma luta da sociedade para que o país atinja a igualdade de gênero no trabalho, renda e espaços políticos.

A pesquisa foi feita analisando a distribuição regional de mais de 72 mil casos de violência contra as mulheres, de 15 a 59 anos, entre 2000 e 2019. E os pesquisadores reivindicam ainda a criação de uma base de dados sobre feminicídios que ainda inexiste no país.

📸 © Christiano Antonucci/Secom-MT

Rádio Centro Cajazeiras

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