|🟥🥅 Jogador Lucas Paquetá é convidado por CPI da Manipulação para prestar depoimento
A Comissão Parlamentar de Inquérito de Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas aprovou, nesta terça-feira, o convite ao meia Lucas Paquetá, do West Ham, da Inglaterra, para prestar depoimento sobre as acusações feitas pela federação daquele país contra o brasileiro. Paquetá é acusado pela Federação Inglesa de tomar cartões amarelos propositalmente em quatro partidas da Premier League para manipular o mercado de apostas. O jogador nega, mas foi formalmente acusado, após um período de investigação. Por se tratar de convite, Paquetá tem o direito de negar. Mas as regras da CPI permitem que depois venha uma convocação, e persistindo a negativa, até condução coercitiva para depoimento. O vice-presidente da comissão, senador Eduardo Girão, do Novo do Ceará, elogiou a iniciativa de ouvir o atleta:
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(sen. Eduardo Girão) “Sem nenhum tipo de prejulgamento ao atleta, mas esse é o papel de uma CPI, analisar, para se aprofundar, até para resguardar o próprio jogador e também as entidades e o próprio esporte brasileiro.”
A CPI também ouviu representantes de empresas que rastreiam fraudes em partidas. Para o gerente de integridade da SportRadar, Felippe Marchetti, muitos clubes e jogadores no Brasil são vulneráveis a propostas de empresários ligados à manipulação de resultados. Ele destacou a atuação internacional dos fraudadores de competições e avaliou que é preciso fazer um trabalho de base de educação de jogadores contra a manipulação:
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(Felippe Marchetti) “Vocês sabem muito bem, que trabalharam com esporte, aí, muitos anos, a grande maioria dos atletas do Brasil estão em condição de vulnerabilidade econômica, então eles viram um cenário muito propício para manipulação aqui no nosso país. E, a partir de 2015, a gente viu um aumento de casos aqui no nosso país.”
Já o Chefe de Integridade para a América Latina da Genius Sports, Tiago Barbosa, sugeriu a criação de sistemas de integridade para prevenir a ocorrência de fraudes no esporte:
(Tiago Barbosa) “A consolidação desses sistemas deverá incluir a implementação de linhas diretas de denúncia anônima, vocês já trataram disso, a formação de comitês de integridade verdadeiramente independentes e a aplicação rigorosa de penalidades para os infratores.”
A CPI deve voltar a se reunir no dia 2 de julho para ouvir o ex-assessor especial do Ministério da Fazenda José Francisco Manssur. Da Rádio Senado, Pedro Pincer.
|📸 © Rafael Ribeiro/CBF
Rádio Centro Cajazeiras