O aumento nos custos, como despesas com materiais, combustíveis, aluguel e energia, para manter o negócio é a principal dificuldade dos empreendedores paraibanos. De acordo com a última pesquisa “Pulso dos Pequenos Negócios”, divulgada pelo Sebrae, 41% dos empreendedores afirmaram enfrentar este problema. No entanto, 50% deles disseram não repassar esse aumento aos clientes. Já 44% relataram que repassam parcialmente.

A biomédica Adriana Herculano decidiu empreender há cerca de um mês e abriu uma loja de produtos naturais, no bairro de Mangabeira, em João Pessoa. Ela conta que a compra de alguns produtos já está pesando mais no orçamento e o impacto se reflete na margem de lucro. Contudo, ela afirmou não repassar o aumento nas despesas para os consumidores. “Tem produtos que eu compro só para dizer que tenho na loja. Mas o lucro é pouco. Não repasso para os clientes, porque senão não consigo que eles voltem à loja. Até porque comecei meu negócio há pouco tempo”, disse.

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A empreendedora revelou ainda algumas estratégias que tem feito para atrair e fidelizar os clientes, como negociar com os fornecedores, fazer parcerias com academias e ofertar brindes. “Eu tenho uma variedade de produtos, bom atendimento, vendemos on-line e postamos dicas, e ainda damos descontos e fazemos entrega grátis. A gente tenta driblar essa situação. Não é fácil e está sendo um desafio. Mas estou com os pés no chão e correndo atrás”, relatou a proprietária da Naturalles e Saúde.

A gerente da Unidade de Gestão Estratégica e Monitoramento do Sebrae/PB, Ivani Costa, reforça que a gestão de custos é um processo estratégico e que é preciso que o empreendedor tenha processos eficientes para se tornar mais competitivo no mercado. “Isso obriga o pequeno negócio em pensar em alternativas para redução de custos, a exemplo de: trocar equipamentos por outros que tenham maior eficiência energética, um planejamento de compras mais assertivo com olhar mais criterioso sobre os dados históricos das vendas e uma busca constante por otimização de cada processo interno do negócio. Fazer melhor, com menos recursos e sem perder a qualidade percebida pelo cliente”, orientou a gerente.

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Assim como Adriana Herculano, uma das principais medidas adotadas pelos empreendedores na Paraíba para divulgar as empresas e aumentar o faturamento é utilizar as redes sociais. Conforme a pesquisa do Sebrae, na Paraíba, 83% dos entrevistados disseram que vendem pelas redes sociais.

A pesquisa – Os pequenos negócios da Paraíba representam 95,6% das 279.205 empresas formais registradas no estado. Em sua 4ª edição, divulgada no último mês de julho, a “Pulso dos Pequenos Negócios” entrevistou 119 empreendedores paraibanos, entre Microempreendedores individuais (MEI) e donos de microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP).

📸 © Geraldo Bubniak/AEN

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