⚖ Justiça esvazia tese de Flávio Bolsonaro que tenta anular provas da ‘rachadinha’
Um grupo formado por cinco auditores fiscais do Rio de Janeiro suspeitos de enriquecimento ilícito tem sofrido derrotas judiciais na tentativa de fazer valer a tese do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) de que tiveram seus dados acessados ilegalmente. A informação foi publicada pelo jornal Folha de S.Paulo. Com essa alegação, o filho de Jair Bolsonaro tenta anular as investigações da “rachadinha”, esquema de corrupção que acontecia na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), onde o parlamentar cumpria mandato de deputado estadual antes de ser eleito para o Senado.
A defesa do congressista usou o caso para entrar em contato com órgãos federais, a partir de agosto do ano passado, como a Presidência da República, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), além de acionar a Procuradoria-Geral da República (PGR).
A GSI, chefiado pelo ministro Augusto Heleno, e a Abin produziram relatórios para enviá-los à defesa de Flávio e orientar os advogados do senador sobre como tentar a anulação das investigações sobre a rachadinha.
De acordo com os auditores, o Escritório de Corregedoria da 7ª Região Fiscal (Escor07) e o Escritório de Pesquisa e Investigação da 7ª Região Fiscal (Espei07) podem ter acessado ilegalmente os dados fiscais do senador e embasado, extraoficialmente, a produção do relatório do Coaf (órgão de inteligência financeira ligado ao Ministério da Economia) que originou, em 2018, a investigação contra Flávio.
O senador e seu ex-assessor Fabrício Queiroz foram denunciados ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro na investigação sobre a rachadinha. O Ministério Público (MP-RJ) denunciou os dois por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Queiroz foi preso no dia 18 de junho em Atibaia (SP), onde estava escondido em um imóvel que pertence a Frederick Wassef, então advogado de Flávio – depois ele deixou a defesa do parlamentar. De acordo com relatório do antigo Coaf, Queiroz fez movimentações financeiras atípicas. Foram R$ 7 milhões de 2014 a 2017, apontaram cálculos do órgão.
? Foto: Jefferson Rudy/ Agência Senado
Exatas News via Folha de São Paulo