A estação de inverno iniciou-se nesta segunda-feira 21 de junho de 2021, às 00h32min, com ela vem o alerta para o aumento nas doenças infecciosas de predominância viral e bacteriana, assim como as doenças respiratórias.

O médico pneumologista, William Schwartz, destaca que além das baixas temperaturas, também o comportamento humano favorece esse cenário. “Além da temperatura baixa, existem elementos alergênicos como ácaros, poeira, mofo e poluentes que também agravam as doenças respiratórias. Nos dias frios costumamos passar mais tempo em ambientes fechados e úmidos. Isso faz com que a mucosa fique mais ressecada e tende a irritar com mais facilidade, desencadeando reações alérgicas e fazendo uma predisposição à infecção bacteriana”, afirma.

Prevenção e tratamento 

Embora não exista uma receita, algumas medidas são vitais para quem deseja evitar o acometimento de quaisquer tipos de doenças respiratórias. Dentre elas destacam-se:

• Evitar aglomerações, o que ficou mais evidente inclusive pela pandemia;
• Não fumar quaisquer tipos de cigarros, narguilé, charuto etc., pois substâncias encontradas na fumaça são responsáveis pela paralisia do epitélio ciliar de defesa respiratória; 
• Adotar medidas clássicas de preservação à saúde, tais como alimentação adequada, prática de atividades físicas regularmente (ao ar livre preferencialmente), se hidratar e cuidados com higiene pessoal, além de se vacinar anualmente (no caso da gripe).

Segundo explica o pneumologista, mesmo com as medidas de precaução, caso a pessoa apresente um quadro de doença respiratória leve, nos casos de resfriados e gripes, os medicamentos sintomáticos são suficientes para a melhora clínica. Já para pacientes que apresentam doenças respiratórias crônicas, tais como asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e rinite, o especialista destaca que é fundamental manter os medicamentos já prescritos, de maneira contínua, mesmo durante a época de pandemia. “Desta forma será reduzido o risco de piora da doença. Obviamente evitar ambientes inóspitos e com fumaça de cigarro são medidas de grande valia também”.

Mudanças climáticas na PB

Nas regiões do Cariri/Curimataú, Sertão e Alto Sertão, o inverno apresenta reduzidos totais pluviométricos. Já nas regiões do Agreste, Brejo e Litoral representa em torno de 40% do total precipitado no ano.

A estação do ano pode intensificar os sintomas da asma e, com a pandemia do coronavírus, quem sofre com a doença deve ficar ainda mais atento.

Neste período, o principal sistema meteorológico gerador de chuvas na Paraíba é constituído por distúrbios ondulatórios de leste (nuvens que se formam no Oceano Atlântico e se deslocam em direção à costa leste do Nordeste do Brasil, principalmente sobre as regiões do Agreste, Brejo e Litoral).

No inverno, as temperaturas são climatologicamente mais amenas. As temperaturas atingem, em média, valores mínimos de 15C sobre a região do Cariri e os 16C sobre o Brejo e Agreste e a máxima em torno de 31C no Sertão. No dia de hoje, o tempo deverá permanecer com poucas nuvens com possibilidade de ocorrer chuvas passageiras e pontuais na faixa leste.

Na semana passada, mesmo antes da chegada oficial da estação, os estados do sul já sofriam com o frio, como lembra é a meteorologista Andréa Ramos. “Já tivemos temperatura negativa, em Santa Catarina chegou a menos um grau, no Rio Grande do Sul a grande maioria das cidades ficaram abaixo de cinco graus, o Paraná também sofreu”, diz. 

A estação mais fria do ano se estende até o dia 22 de setembro, quando dará lugar à primavera.

? © Cecília Bastos / USP Imagens

Rádio Centro Cajazeiras