Radialista Geraldo Nascimento morre após complicações cardíacas aos 69 anos – © Reprodução/Arquivo Pessoal

O rádio paraibano e porque não dizer nordestino se veste de luto neste sábado (03), com a precoce partida do radialista Geraldo Nascimento aos 69 anos, que faleceu após complicações cardíacas no Hospital Regional de Cajazeiras (HRC), sertão paraibano.

Geraldo Nascimento estava internado desde a última quinta-feira (30), quando sentiu-se mal e foi levado para o HRC onde foi constatado que ele havia sofrido um pré-infarto, seguia internado e lamentavelmente faleceu na tarde deste Sábado (03).

Não foram divulgadas informações a respeito do velório e sepultamento do meste do rádio sertanejo, Geraldo Nascimento, até o momento do fechamento da nossa matéria.

Conheça a história e trajetória de Geraldo Nascimento

José Geraldo do Nascimento, natural do Sítio Guaribas município de Cajazeiras-PB, um dos remanescentes da época em que o rádio no Brasil, mesmo com o período da ditadura, ainda dava gosto de se ouvir pela a plástica e toda uma produção que se tinha nos bastidores das emissoras.

Geraldo começou sua trajetória no rádio, em uma época muito difícil exatamente no ano de 1974, período este que o mesmo estava ingressando nas fileiras do Tiro de Guerra e depois do serviço militar veio a receber um convite do também radialista Josemar de Aquino aceitando de imediato. Logo em seguida submeteu-se a um teste de sonoplastia, sendo aprovado e daí em diante deslanchando sua bonita carreira no rádio nordestino.

Em seguida um novo convite através de um dos diretores da Difusora: recém falecido José Adegildes Bastos, para locução, e com uma voz aveludada não deu outra, Geraldo mais uma vez foi aprovado.

”Geraldo relata que é do tempo da máquina de escrever e hoje tudo se tornou mais fácil com a tecnologia, ou seja, na atualidade qualquer pessoa pode se tornar um profissional do rádio, mas no passado só fazia rádio realmente quem fosse bom e tivesse talento”.

Rádio

De Cajazeiras, Geraldo Nascimento trabalhou em Arco Verde (PE) na rádio Cardeal, em seguida na rádio Cultura de Paulo Afonso na Bahia, após uma temporada nas duas emissoras teve que retornar a sua terra natal no ano de 1985, por motivos de saúde do seu pai.

Voltando Geraldo ingressou na Auto Piranhas e trabalhou por onze anos até o ano de 1996. Em 1997 retornou à Difusora onde tudo começou e esteve até o momento.

Perguntado sobre alegrias e tristezas, ”Geraldo diz que a maior tristeza foi a perca dos seus pais e a maior alegria são seus ouvintes e sua família que lhe encoraja para continuar sua bonita trajetória nos microfones da vida mesmo com todas injustiças”.

Repercussão

Após a divulgação da informação, através das redes sociais os ouvintes começaram a se solidarizar com a família de Geraldo, relembrando momentos afetuosos com ele divididos, a rádio Difusora recebeu incontáveis demonstrações de afeto por mensagens de sentimento vindas de toda Paraíba e estados aos quais a voz marcante dele sempre ecoou com seu sublime talento.

“Estou muito sensibilizado com essa perca irreparável, um amigo com o qual sempre desfrutei de momentos descontraídos onde compartilhávamos muitas vivencias no rádio e no meu Programa Jovens Tardes, ele sempre fazia questão de interagir conosco, porque além de profissional de grande experiencia e humildade mesmo com sua larga trajetória”,

afirmou o diretor da SA Comunicação e Rádio Centro, Severino Alves.

Numa triste coincidência, perdemos Geraldo no mesmo dia em que lembramos o aniversário de morte do eu irmão Claudio José, que partiu dia 03 de Julho de 2006,

revelou o radialista Jota França, vice-presidente da Associação Cajazeirense de Imprensa (ACI).

O apresentador apresentador de TV e comunicador da rádio Tempo, de Juazeiro do Norte-CE, fez questão de recordar a polivalência de Geraldo Nascimento.

Ingressei no rádio admirando o modelo de profissional que ele era, sua polivalência e sempre incrível forma como ele conseguia apresentar desde eventos políticos aos programas musicais e jornalísticos, aquilo me enchia os olhos e alma, eu me dizia, quando subir ao palco espero ter tamanha envergadura, recorda Leo que completa, na sua forma discreta, ele era uma pessoa de tamanha classe com quem dividi microfone no inicio da minha jornada em Cajazeiras.

? © Reprodução/Arquivo Pessoal

Rádio Centro Cajazeiras

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