Se no ano passado era preciso explicar o que era o piseiro — ritmo derivado do forró que ganhou visibilidade no país graças ao sucesso de Os Barões da Pisadinha —, em 2021 é possível afirmar que o gênero se consagrou a passos largos. Prova disso é a variedade de artistas que figuraram na lista dos mais ouvidos nas diferentes plataformas de streaming ao longo de todo o ano.

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— As pessoas abraçaram a pisadinha, a sua simplicidade, a batida dançante e as letras que contam histórias por que todos podem passar. Caiu no gosto da galera — confirma Felipe Barão, que ao lado de Rodrigo, sua dupla em Os Barões da Pisadinha, apareceu como artista mais ouvido do ano no Spotify e na Deezer.

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As razões para esse reconhecimento, no entanto, vão além da identificação gerada no grande público, segundo Zé Vaqueiro, outro fenômeno musical desse estilo.

— É um dos ritmos mais animados, pano de fundo para as principais coreografias do Tik Tok no momento. Além disso, há vários feats (parcerias) que os artistas fizeram com cantores de diversos outros gêneros. Sem contar o empenho que todos os cantores do forró e do piseiro tiveram para criar e entregar alegria ao povo, mesmo por meio da internet. E a ânsia do público por novidade — enumera o cantor, que teve seu álbum “O original” como o segundo mais ouvido da Deezer no ano, ficando atrás apenas de outro nome forte do piseiro, João Gomes.

Motivos não faltam para os artistas rirem à toa com tamanho sucesso. Mais nova do grupo, Brisa Star, de apenas 14 anos, celebra nas redes sociais com um “É hit!” a cada vez que uma de suas músicas atinge mais de 1 milhão de plays. E isso acontece com frequência. No YouTube, ela entrou no Top 10 do ano com “Se joga no passinho”, parceria com Thiago Jhonantan, com quase 170 milhões de visualizações. O feat mais recente, com Zé Vaqueiro, “Cena de amor”, se aproxima dos 112 milhões de views.

— É muito bacana poder acompanhar a repercussão das músicas nas redes sociais, sempre vejo, seja quando alguém posta um vídeo em tom de brincadeira, só curtindo, ou nos shows, quando cantam junto comigo. Sou muito grato a todos os fãs — frisa Zé Vaqueiro.

Em contrapartida, quem experimenta o topo não deixa de sentir certa pressão.

— É tudo um grande sonho. Graças a Deus, conseguimos realizar muita coisa com nossa música. Mas nos cobramos bastante também. Queremos sempre entregar o melhor. Estar no topo é consequência do trabalho duro — diz Rodrigo Barão.

No terreno digital, as técnicas parecem dominadas. Agora, os músicos que estouraram em meio à pandemia estão adquirindo experiência nos palcos da vida real.

— Antes da pandemia, nunca tinha feito show. Agora, estou focada em rodar o país e em melhorar minha presença de palco. Na minha primeira vez, vi a multidão, fiquei nervosa no início, deixei transparecer na voz. Aí ouvi todo mundo cantando junto, me tranquilizei e me entreguei de corpo e alma — relembra Mari Fernandez, que com “Não, não vou (Passa lá em casa)” assumiu o topo das músicas mais tocadas do TikTok e conquistou, em junho, o primeiro lugar entre as canções virais do Spotify no mundo: — A gente nunca sabe qual música vai ser hit. Gravo se confio na letra e na melodia. E nem quero fazer só o que tem dancinha. Agora, estou apostando em “Parada louca”, que está trilhando um caminho semelhante a “Não, não vou”. Às vezes, me pergunto: “Será que vou viver tudo de novo?” .

? © Reprodução/Redes Sociais

Rádio Centro Cajazeiras via Extra

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