? Projeto busca levar soros antivenenos para localidades do interior brasileiro
As populações das áreas rurais do Brasil têm dificuldade de acesso aos antídotos necessários para evitar uma amputação ou mesmo uma morte decorrente de uma picada de cobra. Esses casos chegam a ser cinco vezes mais frequentes na região amazônica do que nas demais regiões do país.
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Entre 2010 e 2020, foram registrados uma média de mais de 28 mil casos e 116 óbitos ao ano no Brasil causados por picadas de cobras.
O comerciante Aderlino Fernandes Neto acredita que sobreviveu a uma picada de uma Jararacuçu Rabo de Osso por estar próximo de Palmas, capital de Tocantins.
O principal problema é que os hospitais habilitados para aplicação dos antídotos ficam geralmente em áreas urbanas. Por causa dessa realidade, um projeto piloto desenvolvido pela Universidade do Estado do Amazonas quer descentralizar essas áreas de atendimento, como destacou o coordenador do projeto, Wuelton Monteiro.
Wuelton Monteiro, que é diretor de ensino e pesquisa da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado, acredita ainda que há uma subnotificação de casos registrados hoje no Brasil, trazendo consequências tanto de saúde quanto socioeconômicas.
A expectativa é que o projeto piloto, que vai disponibilizar de forma descentralizada o antídoto em dois municípios do Amazonas, sirva de modelo para as demais regiões do país.
Financiado pelo Ministério da Saúde, o projeto recebeu doação do Instituto Butantan de 800 frascos com soros antivenenos. A infectologista do Butantan Fan Hui Wen alerta que amarrar ou cortar o ferimento ou mesmo chupar o local da picada de cobra não funciona para retardar a infecção.
O Brasil, junto com a maioria dos países, assumiu o compromisso de reduzir as mortes causadas pelos acidentes com picada de cobra em 50% até 2030.
? © Butantan
Rádio Centro Cajazeiras via Ariane Póvoa da Agência Brasil