Em 2019, 64,6% dos homens com 15 anos ou mais já tinham pelo menos um filho. Essa proporção diminui à medida que o nível de escolaridade aumenta. Entre aqueles sem instrução ou que tinham o ensino fundamental incompleto, 76,8% eram pais, enquanto entre os que tinham ensino médio completo ou superior, esse percentual era de 59,9%. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019 – Ciclos de vida, divulgada nesta última quinta-feira (26) pelo IBGE, que pela primeira vez investiga o tema paternidade.

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“A paternidade varia conforme o grupo etário do homem. Entre os jovens de 15 a 29 anos, 19,0% eram pais, enquanto na faixa de 30 a 39 anos esse percentual foi de 68,9%, entre 40 a 59 anos foi 85,3% e com 60 anos ou mais alcança 91,4%. Cabe lembrar que o ciclo reprodutivo de muitos homens, em especial dos mais jovens, pode estar se iniciando ou estar incompleto”, explica a analista da pesquisa, Marina Águas.

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Nas duas faixas etárias mais altas, ou seja, entre homens de 40 e 59 anos e com 60 anos ou mais, o percentual dos que eram pais superou, respectivamente, 80% e 90%, independentemente do recorte regional ou sociodemográfico analisado. Mas há diferenças entre homens mais jovens.

“Podemos observar que, nas duas faixas etárias mais baixas (15 a 29 anos e 30 a 39 anos), o percentual de homens brancos que têm filhos (respectivamente, 14,2% e 64,0%) era menor do que entre os homens pretos ou pardos (superando, respectivamente, 20% e 70%). E as pessoas menos escolarizadas também têm um percentual maior do que as mais escolarizadas”, diz a pesquisadora.

Além do nível de escolaridade, no grupo de homens mais jovens (entre 15 e 29 anos), a realização da paternidade se dá de forma diferente conforme a região onde moram. No Norte, por exemplo, 24,5% dos homens dessa faixa etária já eram pais, enquanto no Sudeste o percentual foi de 15,2%.

O número médio de filhos tidos também foi alvo da pesquisa. Entre os homens acima de 15 anos, o número médio foi de 1,7 filho. Esse número aumenta conforme a faixa etária cresce: a média de filhos dos homens que tinham mais de 60 anos era de 3,6. Homens com nível de instrução mais baixo também tinham, em média, mais filhos. Entre os sem instrução ou com fundamental incompleto, a média de filhos foi de 2,7, já entre aqueles que tinham ensino médio completo ou superior, o número cai para 1,2. “O número médio de filhos é maior para quem é menos escolarizado e também para quem tem menor rendimento, porque a educação é muito associada à renda”, diz Marina.

Os homens brancos de 60 anos ou mais tinham, em média, 3,1 filhos, enquanto os idosos pretos ou pardos tinham 4,2. “Quando se tem maior rendimento, maior escolaridade ou se declarou branco, que, no Brasil, está associado a uma situação econômica mais favorável, o percentual dos homens que têm filhos é mais baixo em relação aos grupos que não estão nessas condições. Também é possível observar isso em relação ao número médio de filhos”, afirma a pesquisadora.

Outro ponto observado em relação à paternidade foi a idade média do homem no momento do nascimento de seu primeiro filho. Considerando todas as faixas etárias, os homens tinham, em média, 25,8 anos quando foram pais pela primeira vez, sendo esse número menor na área rural (24,9) e maior na área urbana (26,0). No Norte, os homens, em média, tiveram o primeiro filho mais cedo (24,3 anos), enquanto no Sudeste, a média de idade foi a mais elevada (26,6 anos).

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