Por falta de recursos do governo federal, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações suspendeu nesta semana a produção de medicamentos para o tratamento de portadores de câncer.

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A medida pode paralisar o atendimento a até dois milhões de pacientes em todo o país, estima a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN). O Ipen produz 85% da demanda nacional de radiofármacos e radioisótopos, que são medicamentos e insumos usados no diagnóstico e tratamento do câncer.

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O orçamento do órgão passou de R$ 165 milhões em 2020 para R$ 91 milhões recebidos até agosto de 2021. Apenas para adquirir os insumos necessários à produção de radiofármacos e radioisótopos, além de fazer contratações, o Ipen precisa de R$ 89,7 milhões até dezembro de 2021.

“A compra de insumos usados na radioterapia e nos exames de diagnóstico por imagem no tratamento do câncer não pode ser paralisada com a justificativa da pandemia do Sars-Cov-2. Tal possibilidade revelaria uma completa incompetência e má gestão do órgão público que afetaria diretamente entre 1,5 e 2 milhões de pessoas em todo o Brasil”, concluiu o documento do deputado Padilha.

O Ipen é uma instituição pública de pesquisa técnico-científica, desenvolvimento e ensino, gerido técnica e administrativamente pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), autarquia do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). O órgão produz materiais utilizados em exames de imagem como raio-x, tomografia, ressonância magnética, cintilogafia e mamografia.

Em comunicado enviado às clínicas e hospitais brasileiros, o Ipen afirmou que “entende perfeitamente”, que a ausência dos produtos “resultará em transtornos familiares de grande monta. Sobretudo, nos pacientes que necessitam de atendimento”.

? © Divulgação/Rafael Prado

Rádio Centro Cajazeiras

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