Uma auditoria realizada pela Controladoria Geral da União (CGU) identificou irregularidades no cadastro de famílias beneficiárias do Bolsa Família, na cidade de Sapé, na Paraíba. Segundo informações da auditoria, 379 famílias possuem membros sócios ou titulares em 401 empresas, com sedes na cidade e em outros municípios paraibanos. Ao menos três destes empreendimentos mantêm contratos com o poder público e há suspeita de que estariam com renda superior à mínima estipulada pelo programa.

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De acordo com os auditores, 1.174 famílias beneficiárias em Sapé têm, pelo menos, um membro matriculado em escola particular. Outras 94 famílias têm pelo menos um servidor público entre os seus membros e com indicação de renda mensal per capita superior à permitida para entrada ou permanência no Programa Bolsa Família.

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A reportagem tentou contato com a Prefeitura de Sapé, mas até a última atualização desta matéria, não houve resposta.

No total, a Controladoria aponta pagamentos indevidos feitos a 97 famílias cadastradas, o que teria provocado um prejuízo superior a R$ 70 mil entre os meses de janeiro e maio de 2020.

“Constatou-se que, dessas 379 famílias beneficiárias do PBF, três estão compostas por membros que são proprietários de empresas que receberam pagamentos da Prefeitura ou da Câmara Municipal de Sapé, ou do Governo do Estado da Paraíba, durante o período de janeiro a dezembro de 2019, o que indicaria, a partir da consideração desses rendimentos, a possibilidade de uma renda familiar mensal per capita superior a meio salário mínimo, limite estabelecido para a permanência no Programa”, informou a Controladoria Geral da União.

Os auditores recomendam uma ‘varredura’ na lista e o bloqueio daqueles que estejam recebendo irregularmente na cidade de Sapé, pois muitos beneficiários omitiram informações ou, pelo menos, não atualizaram os cadastros.

? © Secom/PMVC

Rádio Centro Cajazeiras via G1

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