Em razão das novas medidas mais rígidas adotadas pelo governo do Paraíba para frear a disseminação do novo coronavírus que vem sendo ainda mais mortal no últimos dias chegando a registrar nesta quarta-feira (10), recorde estadual com cinquenta mortes e nacional com 2.286 óbitos registrados em 24 horas, números que superam todos os demais desde o inicio da pandemia em março de 2020.

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Entre as novas e principais medidas, estão a manutenção do toque de recolher das 22h às 5h, a suspensão das aulas presenciais nas escolas das redes públicas estadual e municipais e alterações nos horários de expediente nos setores do comércio e da construção civil.

A cidade de Cajazeiras, no sertão do estado, publicou um decreto seguindo as recomendações do governo estadual para buscar estancar os números crescentes de casos que já totalizam 4.531 diagnósticos positivos da Covid com noventa óbitos, 11 internos, 145 em isolamento domiciliar e 179 monitorados segundo os dados da secretaria de saúde divulgado nesta quarta-feira (10).

A habitual feira livre que é realizada aos sábados em função do novo decreto foi antecipada para as sextas-feiras dias 12 e 19, todo comércio não essencial além de bares e restaurantes não funcionarão, estes últimos apenas com retirada ou entregas através de aplicativos de entregas para limitar o fluxo de movimento e consequentemente frear o covid-19.

Apenas lockdown pode impedir tragédia maior

“Já em janeiro, com a elevação do número de casos, prevíamos a falência do sistema de saúde e o aumento de óbitos ainda neste mês (março). Se mantivermos essa curva, podemos chegar em agosto a 500 mil mortos no país”, resume o infectologista Marcos Boulos, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), referindo-se a estimativas internas de especialistas e órgãos assessorando o governo de São Paulo.

De acordo com o boletim mais recente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Brasil totaliza 270.656 vítimas fatais da covid-19. Em 10 de fevereiro, o Brasil registrou 1.330 mortes. Em comparação com os dados divulgados na quarta-feira, houve um aumento de 69% nos óbitos em um mês. A média móvel, que leva em conta os números dos sete dias imediatamente anteriores, aumentou 56% no mesmo período: de 1.041 para 1.626 mortes por dia.

Segundo o infectologista, de hoje para agosto, a curva de óbitos prevista só pode ser freada com um isolamento social cumprido rigorosamente — se possível com fiscalização reforçada por polícias, ele sugere.

? © Ivanildo Carvalho

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