(Foto: Marcello Casal/ Agência Brasil)

A pandemia fez disparar o número de vagas temporárias no ano passado. Empresas optaram por esse tipo de contratação como forma de se proteger em um cenário de insegurança econômica e dificuldade de planejamento, mesmo a curto prazo, com a disseminação do coronavírus e as medidas de isolamento social.

Foram pouco mais de 2 milhões de contratações temporárias no ano passado, um aumento de 34,8% em relação a 2019, quando foram geradas quase 1,5 milhão de vagas, de acordo com dados da Asserttem (Associação Brasileira do Trabalho Temporário).

O trabalhador temporário tem praticamente os mesmos direitos do efetivo, mas não tem aviso prévio, nem recebe a multa de 40% sobre o valor do FGTS, se for demitido sem justa causa. O contrato pode durar por até seis meses, prorrogáveis por mais três meses.

Ele é contratado por meio de uma agência para atender necessidades pontuais, para substituir um trabalhador fixo ou quando há aumento da demanda, por exemplo.

Insegurança levou a contratar temporários

A MMP, empresa de material pedagógico com 25 funcionários, contratou quatro trabalhadores temporários em dezembro. A diretora Talita Mazzi afirma que não costumam contratar nessa modalidade, mas optaram por esse tipo de vínculo diante da insegurança, já que naquele momento não havia previsão ou confirmação de quando ocorreria a volta das aulas presenciais em diversas cidades.

“Preferi ser um pouco cautelosa, até para não contratar [sem ser temporário], e ter que dispensar depois”, conta.

A aposta, porém, deu certo, e a empresa vai efetivar os quatro temporários, além de abrir outras quatro novas vagas efetivas.

De acordo com os dados da Asserttem, 15% dos temporários, em média, são efetivados. Durante a pandemia, porém, esse número subiu para 22%, no segundo semestre.

Exatas News via Uol

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.

Participe de nossa Programação!